MPMS pede suspensão de obras no Parque do Prosa devido à falta de regulamentação
Ministério Público cobra interrupção de empreendimentos na área de proteção ambiental até que regras sejam definidas
JUSTIÇAO Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) exigiu, nesta quarta-feira (20), que o Instituto de Meio Ambiente de MS (Imasul) pare imediatamente as obras em empreendimentos imobiliários na zona de amortecimento do Parque Estadual do Prosa em Campo Grande. A solicitação é para que a construção de empreendimentos que não tenham o licenciamento ambiental adequado seja interrompida até que o Imasul defina regras claras para a área de proteção.
O MPMS destaca que as construções na região podem trazer impactos negativos para o meio ambiente, como o aumento da poluição, destruição de áreas naturais e riscos para a fauna local. O órgão também aponta que a falta de regulamentação específica para a zona de amortecimento do parque tem permitido que empresas sigam com os projetos sem considerar as necessidades de preservação da área.
Em junho de 2025, o MPMS já havia movido uma ação civil pública para impedir a construção na zona de amortecimento sem as devidas regulamentações. A legislação exige que a área de proteção tenha regras claras para garantir a segurança ambiental, mas, até o momento, essas regras não foram estabelecidas, permitindo que o município de Campo Grande aprovasse empreendimentos sem restrições ambientais.
Após um acordo feito entre as partes, o Estado se comprometeu a regulamentar a área em até 60 dias, e o município se comprometeu a suspender novas licenças por 240 dias. No entanto, o MPMS relatou que algumas obras já começaram sem respeitar o acordo. Por isso, o Ministério Público pediu, urgentemente, que todos os processos de licenciamento e construção sejam suspensos até que as regras adequadas sejam definidas.
O MPMS também pediu ao Judiciário que reavalie as licenças já concedidas e determine que nenhum empreendimento seja autorizado na área até que a regulamentação seja completada.