Caio Possati | 20 de agosto de 2025 - 16h35

Empresário vira réu por feminicídio após morte de namorada

Fábio Soalheiro é acusado de matar Bruna Martello Carvalho por asfixia; defesa mantém versão de acidente

NACIONAL
Fábio Soalheiro é acusado de feminicídio após morte de Bruna Martello Carvalho e aguarda julgamento no Tribunal do Júri. - Foto: Reprodução/TV Globo

O empresário Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, foi formalmente acusado de feminicídio após a morte de sua namorada, Bruna Martello Carvalho, em Barueri, no dia 3 de agosto. O Ministério Público de São Paulo aceitou a denúncia e, com isso, o empresário passou a ser réu no caso. A acusação é de que ele matou Bruna por asfixia, embora Soalheiro tenha afirmado que a vítima morreu após sofrer uma convulsão. A versão de acidente não foi confirmada pela perícia.

A acusação de feminicídio se baseia em evidências encontradas no corpo de Bruna, que apresentava sinais de violência e asfixia. A defesa de Soalheiro manteve a versão de que Bruna teria morrido de causas naturais, mas laudos periciais contratados pela família da vítima indicaram fortes sinais de asfixia, contrariando a alegação de convulsão. Após esse laudo, o MP reverteu seu pedido de soltura e o empresário permanece preso.

Em resposta, o advogado de Soalheiro, Rodolfo Warmeling, criticou o laudo apresentado pela defesa da família de Bruna, afirmando que ele não foi elaborado por um profissional imparcial. No entanto, a advogada Cecília Mello, que representa a família de Bruna, comemorou a decisão judicial, destacando que as evidências são claras de que Bruna foi vítima de feminicídio. Ela ainda pediu uma reparação de R$ 100 mil à filha de 5 anos da vítima, que perdeu a mãe de forma trágica.

Bruna foi encontrada morta em seu apartamento, com sinais de uma possível briga, como móveis revirados e manchas de sangue. Soalheiro, que também tinha hematomas nas mãos, alegou que a namorada havia passado mal, mas a investigação encontrou indícios de que ela sofreu uma agressão antes da morte. A defesa também apresentou novas evidências, como a análise de um assistente técnico, que reforça a teoria de homicídio por asfixia.

Agora, o caso segue para julgamento no Tribunal do Júri. A decisão de torná-lo réu foi tomada pelo juiz Fabio Calheiros, que apontou indícios sólidos de autoria do crime. O processo aguarda os próximos passos da Justiça, com a expectativa de que Soalheiro seja responsabilizado pelo crime.