O G7 divulgou nesta quarta-feira (20) um comunicado de seu Grupo de Diretores de Não-Proliferação, no qual reafirma apoio à Ucrânia e endurece o tom contra a Rússia e seus aliados. O texto garante um respaldo “inabalável” aos ucranianos na defesa de sua integridade territorial e destaca a importância de “arranjos de segurança robustos e críveis” para garantir que Kiev possa resistir a qualquer nova agressão.

Além de condenar a invasão russa, o G7 criticou o fornecimento de armas pela Coreia do Norte e pelo Irã a Moscou, bem como o envio de componentes de uso duplo pela China, que podem ser aplicados na indústria bélica. O grupo afirmou que continuará atuando “contra aqueles que apoiam a guerra da Rússia e o fortalecimento de suas forças militares”.

Segurança nuclear e paz duradoura

O comunicado menciona a preocupação com a situação da Usina de Zaporizhzhia, a maior instalação nuclear da Europa, ocupada por tropas russas desde o início da guerra. O G7 defendeu garantias de segurança para a operação da planta e reforçou apoio a esforços internacionais por um “cessar-fogo total e incondicional”, seguido de negociações para uma paz “abrangente, justa e duradoura”.

Irã em foco

O grupo também dedicou parte do comunicado ao Irã, reiterando que o país “nunca pode possuir ou adquirir uma arma nuclear”. O G7 pediu a retomada das negociações por um acordo nuclear abrangente, lembrando a necessidade de Teerã manter-se no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e retomar cooperação plena com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), fornecendo informações verificáveis sobre seu material nuclear.

A declaração ainda aponta preocupações com a proliferação de mísseis balísticos e o apoio iraniano a grupos como Hamas, Hezbollah, houthis e milícias no Iraque.

Armas emergentes e novas tecnologias

O G7 reforçou seu compromisso com a implementação de convenções sobre armas químicas e biológicas e alertou para o risco de uma corrida armamentista no espaço. O grupo defendeu também a regulação internacional de tecnologias emergentes com uso militar, como inteligência artificial (IA) e biotecnologia.