Jovem que mutilou cavalo em SP diz estar arrependido e teme por sua vida
Caso em Bananal gerou revolta nacional, mobilizou ativistas e celebridades, e é investigado pela Polícia Civil; pena pode chegar a 1 ano e 4 meses de prisão
CHOQUEO jovem Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, afirmou estar arrependido após ser filmado cortando as patas de um cavalo durante uma cavalgada em Bananal (SP), no último sábado (16). Em entrevista à TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, ele admitiu o ato cruel, alegou que acreditava que o animal já estava morto e disse estar sofrendo ameaças de morte desde a divulgação das imagens.
“Foi um ato de transtorno. Estava embriagado, mas a culpa é minha. Reconheço os meus erros”, declarou. Ele contou que se sente inseguro para sair de casa: “Muitas pessoas falaram que vão mutilar meus braços e minhas pernas. Eu fico com medo de andar na rua”.
Segundo o depoimento de um amigo que registrou a cena em vídeo, os dois percorreram cerca de 14 km a cavalo até que o animal de Andrey se deitou, demonstrando sinais de cansaço. A dupla acreditou que o bicho havia morrido, momento em que o jovem mutilou o cavalo.
O caso repercutiu nacionalmente após a publicação do vídeo nas redes sociais. A ativista Luisa Mell e celebridades como Ana Castela e Paolla Oliveira se manifestaram pedindo justiça.
A Polícia Civil de Bananal investiga o caso. A pena para maus-tratos a animais, conforme a Lei nº 9.605/1998, varia de três meses a um ano de detenção e multa. Se houver morte do animal, como neste caso, a punição pode chegar a 1 ano e 4 meses de prisão.
Em nota, a Prefeitura de Bananal afirmou repudiar “qualquer ato de crueldade contra os animais” e informou ter encaminhado o caso à Delegacia de Polícia e à Polícia Ambiental.
Maus-tratos a animais podem ser denunciados em delegacias ou ao Ministério Público. Entre as situações passíveis de denúncia estão:
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abandono;
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envenenamento;
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mutilação;
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confinamento em condições insalubres ou espaços inadequados;
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uso de animais em shows que causem lesão, pânico ou estresse;
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participação em rinhas;
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esforço excessivo, como tração de cargas por animais debilitados.