Redação | 20 de agosto de 2025 - 11h09

Alemanha e Indonésia pedem cessar-fogo imediato e retomada da solução de dois Estados

Após encontro em Jacarta, chanceleres reforçam apelo por fim da guerra em Gaza e defendem negociações de paz entre Israel e Palestina

Conflito em Gaza
Palestinos em deslocamento carregando sacos de ajuda humanitária - (Foto: Jehad Alshrafi/AP)

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, defendeu nesta quarta-feira (20), em Jacarta, a necessidade de um cessar-fogo imediato em Gaza e a libertação dos reféns do Hamas. O posicionamento foi feito ao lado de seu homólogo indonésio, Sugiono, durante coletiva após reunião bilateral.

Os dois diplomatas classificaram a situação em Gaza como uma “catástrofe humanitária insuportável” e afirmaram que a solução de dois Estados é o único caminho possível para encerrar o conflito entre israelenses e palestinos.

“O objetivo para todos nós é claro: uma solução de dois Estados, que precisa ser negociada”, afirmou Wadephul.

A Indonésia é apoiadora histórica da causa palestina e não mantém relações diplomáticas com Israel. Já a Alemanha, parceira estratégica de Israel, reiterou sua posição de apoio ao combate ao Hamas, mas pediu a adoção de medidas concretas para reduzir o sofrimento da população civil em Gaza. “Agora existe uma oportunidade muito concreta para a resolução do conflito, na qual muitos países vizinhos contribuíram. Estaria em nosso interesse coletivo que esse impasse fosse superado por meio de um processo pacífico”, completou Wadephul.

Sugiono destacou ainda que o encontro foi “produtivo e construtivo”, e incluiu temas além do Oriente Médio, como geopolítica global e barreiras comerciais.

A agenda fez parte da segunda etapa da viagem de cinco dias de Wadephul à Indonésia e ao Japão, países que o ministro classificou como parceiros-chave da Alemanha nas áreas política e econômica. “É crucial que, em um mundo de crises e conflitos, restrições e barreiras comerciais, fortaleçamos uma rede de parcerias globais, conectadas tanto politicamente quanto economicamente”, afirmou.