Da Redação | 19 de agosto de 2025 - 17h30

Balança comercial de MS registra superávit de US$ 4,8 bilhões

Soja, celulose e milho lideram exportações, com China e Vietnã como principais compradores

AGRO
Exportações de soja, celulose e milho impulsionam superávit comercial de Mato Grosso do Sul em julho de 2025. - (Foto: Divulgação)

Mato Grosso do Sul encerrou julho de 2025 com superávit comercial de US$ 4,83 bilhões, resultado de exportações que somaram US$ 6,33 bilhões ante importações de US$ 1,49 bilhão. O desempenho coloca o agronegócio estadual como protagonista da economia local, com destaque para celulose, soja, carne bovina, açúcar e minério de ferro.

“A China foi o principal destino da soja sul-mato-grossense em julho, com 731,9 mil toneladas, ou 96% do total exportado. Em seguida vem o Vietnã, com 2%, e outros países somados representaram 2%”, afirma o analista de Economia da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes.

A soja teve alta de 20% no volume exportado em relação a julho de 2024, o que equivale a cerca de 125 mil toneladas a mais, totalizando US$ 309 milhões, um aumento de 10% em valor. Comparando com junho de 2025, houve leve queda de 1% no volume.

Segundo Fernandes, a política comercial dos Estados Unidos pode afetar indiretamente o mercado sul-mato-grossense. “Qualquer medida de taxação americana sobre produtos agrícolas pode deslocar a demanda global. Se a China reduzir compras nos EUA, tende a buscar fornecedores alternativos, como o Brasil, fortalecendo nosso superávit”, explica.

Milho registra crescimento recorde nas exportações - As exportações de milho cresceram 1.100% em volume e 1.117% em valor na comparação anual, totalizando 142,3 mil toneladas e US$ 32,4 milhões. O crescimento é atribuído ao início da colheita e preços internacionais competitivos, segundo a Aprosoja/MS.

Os principais destinos do milho sul-mato-grossense foram Vietnã (73%), Arábia Saudita (14%) e Indonésia (12%). A previsão para a segunda safra 2024/2025 indica produção de 10,199 milhões de toneladas, crescimento de 20,6% em relação ao ciclo anterior, com produtividade média de 80,8 sacas por hectare.

As importações do Estado ficaram concentradas em gás natural (32,66%), caldeiras para geradores de vapor (8,40%), cobre (7,61%), máquinas e aparelhos para celulose (7,35%) e secadores de madeira (2,77%).