O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira, 19, que não está pensando em uma candidatura à presidência em 2026, reforçando seu foco exclusivo na gestão do Estado. Durante evento da Warren Investimentos, Tarcísio destacou que seu objetivo é entregar um bom trabalho para a população paulista e contribuir para o fortalecimento do campo político da direita, mas sem perder o foco no projeto de São Paulo.

“Quanto tempo eu perco pensando nisso? Zero. Estou extremamente focado no projeto de São Paulo, extremamente focado. O que nos preocupa é o legado, o que a gente pode deixar. A população confiou a nós o mandato, deu uma confiança extraordinária”, declarou Tarcísio. Ele também afirmou que sua prioridade no momento é apoiar quem for candidato à presidência no campo da direita, ajudando com um projeto para o Brasil, sem se preocupar com a figura do candidato.

Sobre a "mística" que envolve o governador de São Paulo ser sempre um possível presidenciável, Tarcísio brincou, mencionando que o último político a chegar à presidência após governar o Estado foi Jânio Quadros, na década de 1960.

Tarifaço e medidas de contenção

Tarcísio também abordou a questão do tarifaço, ressaltando que o governo de São Paulo continua estudando alternativas para mitigar os impactos nos setores afetados. O governador enfatizou que o principal objetivo é evitar que o Brasil perca mercados importantes para empresas que geram muitos empregos, devido aos efeitos do aumento de tarifas. Mesmo assim, Tarcísio demonstrou otimismo, acreditando que as medidas necessárias serão implementadas com sucesso no futuro.

Desvinculação do orçamento e críticas à política fiscal federal

Durante o evento, Tarcísio defendeu a necessidade de uma agenda de desvinculação e desindexação do orçamento, junto com uma revisão de benefícios tributários. Ele também mencionou a importância da reforma administrativa baseada na meritocracia, além de programas de concessões e privatizações. "Se eu gasto muito, estou comprometendo as próximas gerações", afirmou, criticando a política fiscal do governo federal, que, para ele, prejudica a produtividade e o crescimento do país.