Exame de DNA é essencial para o reconhecimento de identidade e busca de desaparecidos em MS
Mutirão e campanha nacional reforçam o impacto da ciência forense na vida da população
SERVIÇO HUMANITÁRIOO exame de DNA tem se consolidado como uma ferramenta importante de cidadania em Mato Grosso do Sul, ajudando tanto no reconhecimento de paternidade quanto na busca por pessoas desaparecidas. Nos últimos dias, duas ações significativas destacaram o papel da ciência forense no Estado, trazendo mais dignidade e justiça para a população.
Em 16 de agosto, mais de 400 pessoas participaram do mutirão ‘Meu Pai Tem Nome’ em Campo Grande, realizado pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul em parceria com o Condege (Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais). A ação teve como objetivo garantir o direito à identidade e registrou 119 coletas de DNA, que serão analisadas pelo Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF).
Além da Capital, o mutirão também foi realizado em outras cidades do estado, com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS). Casos como o de Norma, Antonio e Marilza Ximenes, que buscam comprovar a relação familiar para questões de herança, e o de Alícia Silva, que quer garantir o reconhecimento de sua filha de quatro meses, ilustram a importância social do evento.
"Com esse trabalho conjunto, conseguimos mais do que realizar exames, garantimos o direito das pessoas de terem sua identidade reconhecida", afirmou Josemirtes Prado da Silva, diretora do IALF e perita criminal.
DNA na busca por desaparecidos
Antes do mutirão, entre 5 e 15 de agosto, Mato Grosso do Sul também participou da 3ª edição da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Durante o evento, 12 familiares se dirigiram aos postos de coleta, sendo nove em Campo Grande, dois em Amambai e um em Três Lagoas. As amostras de saliva e sangue foram inseridas nos bancos de perfis genéticos estadual e nacional, permitindo o cruzamento de informações e ajudando na busca por pessoas desaparecidas.
De acordo com Rodolfo Daltro, delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e coordenador da campanha em MS, quatro novos registros de desaparecimento foram feitos, e três casos foram solucionados durante a ação, com a localização das pessoas e o contato com seus familiares.
A diretora do IALF, Josemirtes Prado da Silva, destaca que a coleta de DNA não é limitada ao período da campanha. "O serviço é permanente e acontece durante todo o ano. A mobilização nacional visa divulgar esse trabalho e alertar a população sobre a importância de procurar os postos disponíveis", afirmou.
Postos de coleta permanente
Mato Grosso do Sul conta atualmente com 15 postos de coleta permanentes em cidades como Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, Amambai e Naviraí, oferecendo apoio contínuo para o reconhecimento de identidade e a localização de desaparecidos.
A união entre ciência forense e compromisso social garante justiça e dignidade para centenas de famílias em Mato Grosso do Sul, através de ações que promovem o direito à identidade e o reencontro de familiares. Clique aqui e confira endereços, contatos e horários de funcionamento das unidades.