18 de agosto de 2025 - 17h34

Dólar segue mercado internacional e sobe para R$ 5,43

Em dia de aversão ao risco no exterior, câmbio avança e bolsa brasileira se recupera com expectativa de juros mais baixos no próximo ano

MERCADO CAMBIAL
Dólar encerra o dia em alta, vendido a R$ 5,435, enquanto o Ibovespa sobe 0,72% com alívio nas projeções de inflação para 2025 cenário reforça apostas em corte da Selic no próximo ano. - (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial fechou em alta nesta segunda-feira (18), refletindo o aumento da aversão ao risco no cenário internacional. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 5,435, com avanço de 0,68% (R$ 0,036). Durante toda a sessão, a cotação operou em terreno positivo, atingindo a máxima de R$ 5,44 por volta das 15h40.

O movimento seguiu a tendência global de valorização do dólar, em meio às incertezas geopolíticas envolvendo a Guerra na Ucrânia e ao fortalecimento da divisa frente a moedas emergentes. Apesar da alta no dia, o dólar acumula queda de 2,97% em agosto e recua 12,07% no acumulado de 2025.

Na contramão do câmbio, o mercado acionário doméstico registrou recuperação após três sessões consecutivas de queda. O Ibovespa avançou 0,72%, encerrando o dia aos 137.322 pontos, impulsionado pela melhora nas expectativas para a inflação de 2025.

Pela primeira vez, as projeções das instituições financeiras para o IPCA de 2025 ficaram abaixo de 5%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta manhã. A leitura foi bem recebida pelos investidores, que aumentaram as apostas em cortes da taxa básica de juros (Selic) a partir do início do próximo ano.

Juros mais baixos costumam favorecer o mercado de ações, à medida que reduzem a atratividade dos investimentos em renda fixa e estimulam a alocação de capital em ativos de maior risco. Além disso, o recuo de 0,1% do IBC-Br em junho — indicador do Banco Central que antecipa a tendência do PIB — reforçou a percepção de desaceleração da atividade, corroborando a expectativa de flexibilização monetária.

Com informações da Reuters