Aguirre Talento | 16 de agosto de 2025 - 10h27

Defesa de Hytalo Santos e Israel Nata Vicente pede revogação de prisão preventiva ao TJ-PB

Influenciador digital e seu marido foram presos na sexta-feira, 15, sob suspeita de exploração sexual infantil; defesa questiona a legalidade da prisão

CASO HYTALO SANTOS
O influenciador Hytalo Santos (esq.) foi preso, na manhã desta sexta-feira (15); seu marido, Isral, também foi detido - (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

A defesa do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, apresentou um habeas corpus ao Tribunal de Justiça da Paraíba pedindo a revogação da prisão preventiva decretada na sexta-feira, 15 de agosto. Eles são investigados sob a acusação de exploração sexual infantil nas redes sociais, conforme apuração do Ministério Público da Paraíba.

A defesa alega que, embora a investigação tenha começado em 2020, não há justificativa legal para a prisão preventiva nesse momento, já que o caso vinha sendo apurado sem que houvesse qualquer indício concreto de obstrução da justiça ou tentativa de fuga por parte dos investigados.

“O caso já estava sendo apurado há algum tempo, e em nenhuma fase anterior foi identificada qualquer irregularidade grave pelo Ministério Público”, afirmou o advogado Sean Abib, que integra a equipe de defesa de Santos e Vicente.

A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Antonio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara de Bayeux, com base na possibilidade de destruição de provas e ocultação de valores financeiros obtidos com as práticas criminosas. O juiz também indicou que Santos e Vicente já estariam tentando coagir testemunhas e destruir documentos relacionados ao caso.

“A prisão é imprescindível para preservar a instrução processual, protegendo provas e testemunhas contra novas investidas ilícitas”, afirmou o juiz em sua decisão, destacando a necessidade de garantir a integridade das investigações.

O habeas corpus foi apresentado à segunda instância do Tribunal de Justiça da Paraíba. Como a prisão ocorreu no final de semana, o caso foi distribuído a um desembargador plantonista, que será responsável por analisar o pedido da defesa.

O caso segue em investigação desde 2020, e a acusação de exploração sexual infantil nas redes sociais é tratada com extrema seriedade pelas autoridades. A defesa dos acusados argumenta que o processo de investigação foi conduzido de maneira adequada, e que a prisão preventiva não se justifica, dado o tempo de apuração sem maiores complicações.