Taxa de desemprego diminui e mercado de trabalho mostra sinais de vigor, aponta Pnad Contínua
Estudo do IBGE revela crescimento da ocupação, aumento da renda e redução da informalidade no segundo trimestre de 2025.
MERCADO DE TRABALHO RESILIENTEOs dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), referentes ao segundo trimestre de 2025, indicam que o mercado de trabalho segue aquecido, continuando a trajetória positiva observada no primeiro trimestre do ano. Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego caiu em todas as Unidades da Federação, alcançando o menor nível histórico em 12 delas.
Kratochwill observou que, ao contrário do que costuma ocorrer em anos anteriores, o mercado de trabalho em 2025 já demonstrou, desde o primeiro trimestre, uma capacidade de absorver boa parte da mão de obra temporária, contratada para atender à alta demanda do consumo no final de 2024. "Este ano, já no primeiro trimestre, vimos que o mercado estava disposto a absorver essa mão de obra temporária, e os dados do segundo trimestre confirmam essa tendência", afirmou o analista. Ele também destacou a resiliência do mercado, que tem mostrado uma capacidade de resistir a condições desfavoráveis e absorver novos trabalhadores.
Além do crescimento no número de pessoas ocupadas, Kratochwill também destacou avanços como a diminuição da informalidade, o aumento nas contratações com carteira assinada, o crescimento da renda média e a elevação da massa salarial. "Esses são indicadores que demonstram um mercado de trabalho mais vigoroso", resumiu.
A melhoria no emprego é observada de forma disseminada pelo Brasil, com dados positivos em todas as Unidades da Federação. "De maneira geral, os números são extremamente favoráveis para o País", acrescentou o pesquisador.
A divulgação do estudo nesta sexta-feira, 15, também inclui a reponderação da série histórica da Pnad Contínua, com base nas projeções populacionais divulgadas em 2024, que incorporam os resultados do Censo Demográfico de 2022. O IBGE também confirmou que, após relatos de problemas técnicos nos microdados reponderados da pesquisa, a questão será corrigida ao longo do dia.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, explicou que o erro técnico que provocou o adiamento da divulgação dos dados relativos ao trimestre encerrado em julho foi restrito à transmissão dos endereços das residências a serem visitadas pela equipe de coleta. Segundo ela, a falha foi prontamente identificada e corrigida, sem que tenha afetado a qualidade dos dados obtidos.