Mustang de R$ 649 mil combina motor V8, ronco alto e tecnologia de competição
Dark Horse é o Mustang mais potente já vendido no Brasil e chega com preço competitivo entre os superesportivos
AUTOSNa hora de escolher um superesportivo, muita gente começa pelos números. Preço. Potência. Torque. Aceleração de 0 a 100 km/h. Velocidade máxima. O novo Ford Mustang Dark Horse entrega tudo isso: R$ 649 mil, 507 cavalos, 57,8 kgfm de torque, 3,7 segundos até os 100 km/h, e velocidade limitada eletronicamente a 250 km/h. Mas, mesmo que todos esses dados já impressionem, o Dark Horse guarda um trunfo que não aparece nas planilhas: o som.
Não é exagero dizer que ele ronca como um trovão afinado. Culpa de um motor V8 de 5 litros com componentes herdados do GT500, calibrado especialmente para o Brasil — com direito a ajustes que levam em conta o etanol no combustível. É o mais potente V8 aspirado da linha Mustang já vendido no país.
O carro, que chega como modelo 2025, é o mais próximo de um Mustang de competição já homologado para as ruas. Serve, inclusive, como base para o GT3, que corre oficialmente. Ele traz suspensão adaptativa, transmissão automática de dez marchas e freios dimensionados para uso severo em pista, com discos flutuantes de 390 mm na frente e 355 mm atrás.
O nome Dark Horse, cavalo negro, é apropriado. A carroceria carrega linhas agressivas, elementos escurecidos e um emblema novo em que o cavalo — agora de frente, com narinas abertas — encara quem estiver diante do carro. A postura intimidadora começa na grade e termina nas ponteiras de escapamento de 4,5 polegadas.
Dentro, o acabamento combina couro e suede com costuras e cintos de segurança azuis. O painel digital de 12,4 polegadas se integra à tela central de 13,2, com sistema de som premium e todas as conexões sem fio esperadas. A central ainda comanda o “Track Apps”, que reúne recursos de pista como cronômetros, controle de largada, medidor de força G e até o freio eletrônico para drift.
Com rodas largas e pneus Pirelli de perfil baixo, ele entra e sai de curvas com a firmeza de um carro de corrida. A suspensão lê o piso mil vezes por segundo, calcula em tempo real e endurece quando detecta buracos. A distribuição de peso é quase equilibrada: 55% na frente, 45% atrás.
O motorista pode escolher entre cinco modos de condução (Normal, Esportivo, Escorregadio, Pista e Drag), mas também pode personalizar cada ajuste, da suspensão ao ronco do escapamento. Há ainda seis perfis que podem ser salvos no sistema — para quem gosta de fazer a mesma curva de formas diferentes.
Além da performance, o Dark Horse traz uma lista extensa de equipamentos de segurança: sete airbags, piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa, alerta de ponto cego, reconhecimento de placas, câmera de ré, sensores e muito mais.
A Ford ainda oferece um pacote de serviços conectados, que inclui atualizações remotas de software, acesso por aplicativo, agendamento online de manutenção e assistência personalizada.
Com seus 507 cavalos, o Dark Horse tem um dos melhores custos por cavalo entre os esportivos vendidos no Brasil. Não há cobrança extra pela cor e as vendas são feitas na rede de concessionárias da marca. As entregas começam em agosto.
E há demanda. No primeiro semestre de 2025, o Mustang teve 579 unidades emplacadas no Brasil — quase o total do ano anterior. A edição limitada GT Performance Manual, por exemplo, esgotou em uma hora. Desde que chegou ao país, em 2018, o modelo já soma 4.000 unidades vendidas.
Para quem quer números, o Dark Horse entrega. Para quem quer o prazer de ouvir um V8 cantar alto na pista ou na estrada, ele entrega mais ainda.