A disputa judicial entre Elon Musk e a OpenAI, liderada por Sam Altman, ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (14). Uma juíza distrital dos Estados Unidos, Yvonne Gonzalez, rejeitou o pedido de Musk para derrubar as alegações de assédio feitas pela OpenAI, permitindo que o processo seguisse em frente.

O tribunal criticou tanto Musk quanto a OpenAI, destacando manipulações por ambas as partes e deixando claro que existem fundamentos suficientes para que as alegações da OpenAI sejam ouvidas. Isso indica que novos desdobramentos jurídicos na batalha entre Musk e Altman devem acontecer nos próximos meses.

No centro da disputa, a OpenAI acusa Musk de orquestrar uma campanha difamatória contra a empresa, usando as redes sociais e falsas promessas de aquisição para prejudicar a imagem da startup. Musk, por sua vez, processou a OpenAI por quebra de contrato após a transição da organização para um modelo com fins lucrativos, a OpenAI LP.

A origem da rixa remonta a 2018, quando Musk deixou o conselho da OpenAI alegando conflitos de interesse com sua empresa Tesla, que estava avançando em projetos próprios de inteligência artificial. Embora tenha dito que continuaria apoiando a missão da OpenAI, Musk tornou-se um crítico ferrenho da empresa. Em 2023, fundou a xAI, sua própria concorrente, e lançou o Grok, um programa de IA generativa integrado ao X (ex-Twitter).

As tensões aumentaram nesta semana quando Musk acusou a Apple de favorecer a OpenAI na App Store, prejudicando a xAI e seu projeto Grok. Em resposta, Sam Altman, da OpenAI, acusou Musk de manipular o algoritmo do X para beneficiar suas postagens e empresas. Altman desafiou Musk a assinar uma declaração juramentada negando essa manipulação, um movimento que só intensificou o clima de confronto.

A disputa também se estendeu aos chatbots, com o Grok afirmando que Musk estava certo na disputa, enquanto o ChatGPT, da OpenAI, defendia a posição contrária, refletindo as divisões em torno da guerra de narrativas entre os dois gigantes tecnológicos.