Planos de saúde terão de oferecer contraceptivo Implanon a partir de setembro
Método hormonal de longa duração já é usado no SUS e tem eficácia de até três anos
SAÚDEA partir de 1º de setembro, os planos de saúde serão obrigados a oferecer o implante contraceptivo Implanon a mulheres de 18 a 49 anos. A medida foi determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e amplia o acesso ao método hormonal de longa duração, que já integra a lista de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Implanon é um pequeno bastão inserido sob a pele do braço, que libera diariamente o hormônio etonogestrel, inibindo a ovulação. O efeito dura até três anos. Segundo especialistas, a aplicação leva menos de um minuto, com anestesia local, e a retirada é simples e reversível.
Em Mato Grosso do Sul, o dispositivo já é distribuído na rede pública a grupos prioritários, como adolescentes, mulheres em situação de vulnerabilidade e com comorbidades. Entre 2023 e 2024, foram entregues 23.012 unidades de DIUs e implantes no estado. Em Campo Grande, 26 das 74 unidades de saúde têm profissionais capacitados para inserir o DIU; nos demais casos, as pacientes são encaminhadas a centros especializados.
De acordo com o Ministério da Saúde, a meta é distribuir 1,8 milhão de implantes até 2026, sendo 500 mil ainda neste ano, com investimento de R$ 245 milhões.