Desembargadora de MS Recebe Prêmio Nacional por Decisão sobre Direitos Humanos
Elizabete Anache foi reconhecida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela sua atuação em favor das pessoas privadas de liberdade
RECONHECIMENTOA desembargadora Elizabete Anache, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), recebeu uma menção honrosa no 2º Concurso Nacional de Decisões Judiciais e Acórdãos em Direitos Humanos, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A cerimônia ocorreu em Brasília no dia 12 de agosto e destacou decisões que seguem os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil.
Elizabete Anache foi premiada pela sua atuação em um acórdão sobre a legalidade de uma busca domiciliar e os procedimentos de abordagem, custódia e interrogatório. A decisão questionou a validade das provas obtidas e reafirmou a importância de respeitar os direitos humanos, especialmente os de pessoas privadas de liberdade.
Em seu discurso, a desembargadora expressou sua satisfação com o reconhecimento. "Este prêmio é uma honra, e compartilho com os colegas do Judiciário de Mato Grosso do Sul, cuja atuação contribui para que decisões como essa sejam reconhecidas", afirmou Anache. O presidente do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, também parabenizou a magistrada, destacando que esse tipo de reconhecimento reflete a importância de decisões que promovem a dignidade humana.
O evento contou com a presença do ministro Edson Fachin, vice-presidente do STF, que ressaltou a importância da premiação para fortalecer a efetivação dos direitos humanos no país. Ele destacou o impacto das decisões judiciais no cotidiano das pessoas, muitas vezes marcadas por histórias de luta e sofrimento.
Este concurso, que reconhece decisões judiciais alinhadas com os parâmetros internacionais de direitos humanos, teve sua segunda edição em 2025. Durante a cerimônia, foi lançado o Caderno de Jurisprudência do STF, que aborda o direito ao cuidado como um direito humano essencial.
O evento também foi marcado pela participação de Rodrigo Mudrovitsch, vice-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que destacou o papel dos juízes na promoção e proteção da dignidade humana. Ele reforçou a responsabilidade do sistema judiciário de garantir que as normas nacionais estejam de acordo com as convenções internacionais.