Schmid, do Fed de Kansas City, defende postura restritiva da política monetária diante da inflação
Presidente do Fed de Kansas City acredita que a economia dos EUA continua resiliente, mas manter a política monetária restritiva é essencial por enquanto
ECONOMIAO presidente do Federal Reserve (Fed) de Kansas City, Jeff Schmid, afirmou nesta terça-feira (12) que, com a economia dos Estados Unidos ainda mostrando impulso, o crescente otimismo empresarial e a inflação acima da meta de 2%, manter uma postura de política monetária “modestamente restritiva” é adequado no momento. Em discurso preparado para a Conferência Anual de Oklahoma City, Schmid destacou que essa abordagem será reavaliada constantemente com base em novos dados sobre inflação, mercado de trabalho e a economia em geral.
Embora a política monetária atual seja restritiva, Schmid justificou sua posição, afirmando que ela "não é excessiva" e que, dadas as pressões recentes sobre os preços, uma postura moderada é necessária. “Uma postura moderadamente restritiva é exatamente onde queremos estar", disse ele.
O presidente do Fed ressaltou que, embora o impacto das tarifas sobre a inflação seja limitado, isso não justifica uma flexibilização da política monetária. "O efeito das tarifas sobre a inflação é relativamente moderado, mas vejo isso como um sinal de que a política está adequadamente calibrada", afirmou Schmid, enfatizando que a inflação ainda está elevada e requer um controle rigoroso.
Otimismo empresarial e resiliência econômica
Para Schmid, a economia dos EUA continua demonstrando resiliência, com o aumento do otimismo entre os empresários, especialmente com a redução da incerteza em torno da política comercial, que gerou preocupações em abril. "Minha expectativa é de que a economia continue a mostrar resiliência. O Fed está mais perto de cumprir seu mandato do que esteve em muito tempo", afirmou Schmid.
Apesar da desaceleração no payroll, Schmid observa que uma análise mais ampla dos indicadores mostra um mercado de trabalho equilibrado. “Embora o mercado de trabalho esteja desacelerando, ele permanece saudável", disse, destacando seu otimismo com as perspectivas econômicas dos Estados Unidos.