O Ministério do Comércio da China anunciou nesta terça-feira (12) a extensão da trégua nas tarifas com os Estados Unidos por mais 90 dias, medida confirmada poucas horas após o governo americano fazer o mesmo. A decisão visa manter o clima de negociação e evitar novos aumentos tarifários enquanto as duas potências discutem soluções para sua prolongada disputa comercial.

A prorrogação segue a ordem executiva do presidente americano, Donald Trump, que adiou até 10 de novembro a aplicação de tarifas mais pesadas sobre produtos chineses. Sem o acordo, as tarifas dos EUA poderiam subir para 145% sobre diversas importações, e as da China, para até 125% sobre mercadorias americanas.

O atual entendimento havia sido firmado em abril e estava prestes a expirar nesta terça-feira.

Segundo o Ministério do Comércio chinês, a decisão ocorreu após conversas realizadas em Estocolmo, onde representantes de ambos os países buscaram avançar nas tratativas. Embora não tenham sido divulgados detalhes sobre possíveis compromissos assumidos, a extensão sinaliza disposição mútua para manter o diálogo aberto.

A disputa comercial entre China e EUA, que envolve centenas de bilhões de dólares em bens, tem causado volatilidade nos mercados e afeta cadeias globais de suprimento. Analistas consideram que o novo prazo pode reduzir tensões a curto prazo, mas alertam que, sem avanços concretos, o risco de retomada da guerra tarifária permanece.