Corregedor da Câmara tem 45 dias para decidir sobre punição a deputados que obstruíram trabalhos
Diego Coronel analisa representação contra 14 parlamentares envolvidos em protesto após prisão domiciliar de Jair Bolsonaro
POLÍTICAO corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD-BA), será o responsável por definir se os 14 parlamentares acusados de obstruir os trabalhos da Casa por dois dias serão punidos. A manifestação ocorreu em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).
Embora o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tenha dito que o parecer sairia em até 48 horas, Coronel informou que o prazo é de 45 dias, conforme prevê a representação recebida. Entre as possíveis punições estão censura verbal ou escrita, suspensão cautelar do mandato ou arquivamento, caso não seja constatada quebra de decoro parlamentar.
Diego Coronel está em seu primeiro mandato como deputado federal, eleito em 2022 com 100.274 votos. Filho do senador Ângelo Coronel, já foi prefeito de Coração de Maria (BA) entre 2008 e 2012, e deputado estadual pelo PSD em 2018. Desde abril de 2025, ocupa a Corregedoria Parlamentar, responsável por zelar pelo decoro, a ordem e a disciplina na Câmara, além de analisar processos disciplinares contra deputados.
Além da função de corregedor, Coronel preside a comissão que avalia a PEC 009/23, sobre cota mínima de recursos partidários, e foi vice-presidente da Comissão de Turismo até março deste ano.
Deputados representados
Os parlamentares apontados na representação são:
- Allan Garcês (PP-MA);
- Bia Kicis (PL-DF);
- Carlos Jordy (PL-RJ);
- Caroline de Toni (PL-SC);
- Domingos Sávio (PL-MG);
- Nikolas Ferreira (PL-MG);
- Marcel van Hattem (Novo-RS);
- Marco Feliciano (PL-SP);
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
- Zé Trovão (PL-SC);
- Marcos Pollon (PL-MS);
- Júlia Zanatta (PL-SC);
- Paulo Bilynskyj (PL-SP);
- Zucco (PL-RS);
O PL também representou contra a deputada Camila Jara (PT-MS), acusando-a de agredir Nikolas Ferreira durante as manifestações.