O iFood movimentou R$ 854 milhões em Mato Grosso do Sul no ano passado. O valor representa 0,46% do Produto Interno Bruto do estado e é 26,3% maior que o registrado em 2023. O dado faz parte de um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Segundo o estudo, essa atividade gerou 14 mil postos de trabalho, somando empregos diretos, indiretos e induzidos. O cálculo considera toda a cadeia que se movimenta em torno das entregas, desde a produção de alimentos até o transporte.

No Brasil, o impacto foi de R$ 140 bilhões, equivalente a 0,64% do PIB nacional. Mais de 1 milhão de empregos foram criados, número próximo à população de cidades como Natal ou Florianópolis.

O levantamento também aponta que restaurantes parceiros da plataforma cresceram 2,3 vezes mais que a média do setor de bares e restaurantes. Entre os pequenos negócios, o aumento no número de empregados chegou a 10,2%.

O estudo chama esse efeito de "multiplicador": cada R$ 1 mil gastos com pedidos para restaurantes parceiros gera R$ 1.395 extras na economia, e cada R$ 1 mil arrecadados em impostos resulta em outros R$ 1.115 ao longo da cadeia.

Essa movimentação envolve várias etapas — da produção agrícola de insumos à compra de embalagens, passando pelo combustível para transporte e pagamento dos trabalhadores.

De acordo com a Fipe, a expansão está ligada a investimentos contínuos da empresa em tecnologia, logística e capacitação de parceiros. Atualmente, mais de 3 mil engenheiros e cientistas trabalham no desenvolvimento de soluções para melhorar a eficiência, usando dados, automação e inteligência artificial.