O secretário-executivo de Comunicação de Mato Grosso do Sul, Frederico Fukagawa Hozano de Souza, apresentou, na semana passada (04 de agosto), durante o 1º Encontro Regional de Rádio e TV da Midiacom MS, em Dourados, os resultados do maior estudo já realizado sobre hábitos de consumo de mídia no Estado.

Clique aqui e confira o estudo que revela hábitos de consumo de mídia no interior de MS

O levantamento, conduzido entre 2023 e 2024, abrangeu 30 mil entrevistas em todos os 79 municípios e revela que, embora as redes sociais sejam o meio mais utilizado, rádio e televisão continuam sendo as fontes de informação mais confiáveis, especialmente no interior.

Segundo Souza, os dados são decisivos para o planejamento das campanhas governamentais. “A comunicação pública precisa ser baseada em dados e conectada à realidade local. Não é sobre o que achamos que funciona, mas sobre o que a pesquisa mostra”, afirmou. Ele acrescentou que o estudo “permite ajustar o tom e o formato das mensagens para que cheguem de forma clara, no canal em que a população realmente está presente”.

Slide apresentado por Frederico Souza detalha locais e formatos preferidos de consumo de rádio e TV no interior.

Os números confirmam a força dos meios tradicionais. No interior, 66% da população ouviu rádio nos últimos 30 dias, e metade assiste TV diariamente. A confiança declarada no rádio chega a 72%, contra 25% nas redes sociais. Para Souza, essa credibilidade está ligada “à presença constante desses meios no cotidiano e à relevância do conteúdo local, que fala diretamente à comunidade”.

O estudo também evidencia diferenças de consumo entre capital e interior. Em Campo Grande, o rádio é mais ouvido no trânsito, enquanto no interior prevalece a escuta em casa ou no trabalho. No caso da televisão, dois terços dos lares no interior já utilizam smart TVs, favorecidos pela expansão da internet.

Frederico Souza, secretário-executivo de Comunicação de Mato Grosso do Sul, discursa durante o 1º Encontro Regional de Rádio e TV, em Dourados.

As redes sociais, embora presentes em 64% dos lares do interior, sofrem com baixa credibilidade: apenas 10% dos entrevistados afirmaram confiar plenamente nessas plataformas. “A internet mudou hábitos, mas não substituiu a confiança que as pessoas têm no rádio e na TV”, disse o secretário.

Frederico Souza destacou ainda que o uso de pesquisas como essa permite ao governo otimizar recursos e ampliar o alcance das mensagens. “Em um cenário de orçamentos cada vez mais enxutos, cada real investido precisa gerar impacto mensurável”, afirmou.