Chefe do PCC é morto em confronto com a Rota em Praia Grande
Condenado a 46 anos de prisão, Luken Cesar Burghi Augusto participou de mega assalto em Araçatuba em 2017; outro líder da facção será transferido para presídio de segurança máxima
SÃO PAULOLuken Cesar Burghi Augusto, apontado como um dos criminosos mais procurados do Brasil e integrante da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto no sábado (9) após confronto com policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) em Praia Grande (SP). A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, em vídeo publicado na rede social X.
Foragido da Justiça, Luken estava condenado a 46 anos e 11 meses de prisão. Ele foi um dos participantes do mega assalto à empresa de transporte de valores Protege, em Araçatuba (SP), em 2017.
Segundo Derrite, o criminoso reagiu à abordagem e trocou tiros com os policiais. “Infelizmente, o indivíduo optou pelo confronto, atirou nos policiais e não restou outra alternativa a não ser a neutralização”, afirmou. Nenhum agente ficou ferido.
Durante a ação, outro homem identificado como Gabriel, que também tinha mandado de prisão em aberto, pegou a arma de Luken e fugiu, mas foi localizado e preso por equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que recuperaram o armamento.
A Secretaria de Segurança Pública informou que as polícias Civil e Militar investigam o caso. Foram apreendidos uma pistola calibre 9 mm, munições, documentos suspeitos de falsificação e estojos de munição. Imagens das câmeras corporais dos policiais foram preservadas e serão analisadas. A perícia foi acionada e exames residuográficos foram solicitados.
Outro líder do PCC será transferido
Outro nome de destaque na facção, Marcos Roberto de Almeida, o “Tuta”, será transferido para um presídio de segurança máxima em São Paulo. A decisão foi publicada pelo Tribunal de Justiça em 31 de julho, cabendo à Secretaria de Administração Penitenciária definir a unidade de destino.
Preso na Bolívia em maio deste ano ao tentar renovar documento falso, Tuta estava foragido desde 2020 e chegou a ser considerado “número 1” da facção entre os líderes em liberdade. Apesar de ter perdido protagonismo, ainda mantém influência na cúpula do PCC. Ele foi condenado em 2023 a 12 anos e seis meses de prisão por organização criminosa e lavagem de dinheiro.