No dia em que o Palmeiras venceu o Ceará por 2 a 1, de virada, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Abel Ferreira foi alvo de protestos da torcida no entorno do Allianz Parque, neste domingo (10). As críticas vieram após a eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil e incluíram faixas com frases como “Acabou a paz”, “Paciência é o c…”, “Presidente inexistente” e “Fora, Abel”.

Em entrevista coletiva, o treinador português citou as filhas para ilustrar o impacto pessoal da situação. “Minhas filhas vão perguntar por que o pai foi xingado. Quando o pai ganha é do Palmeiras, quando perde é delas. É difícil explicar para minhas filhas por que o pai foi xingado”, disse.

Abel também foi questionado sobre a possibilidade de renovação de contrato. Ele elogiou a presidente Leila Pereira, mas não confirmou permanência. “Tenho carinho e respeito muito grande pelos torcedores e pelo Palmeiras. Ganhamos e perdemos juntos. Meu futuro será decidido no momento certo. Jamais serei um problema dentro do Palmeiras”, afirmou.

O treinador lamentou ainda o ataque com fogos de artifício à Academia de Futebol durante a madrugada. “O resto eu deixo para você comentar. Lamento, é só o que eu tenho a dizer”, declarou.

Sobre a derrota para o Corinthians, Abel classificou como “dura, pesada” e disse que o time passa por uma “grande reformulação interna”. Com 36 pontos e um jogo a menos que o líder Flamengo, o Palmeiras volta a campo na quinta-feira (15), às 21h30, para enfrentar o Universitario, no Peru, pelo jogo de ida das oitavas de final da Libertadores.

Autor do gol da virada, Vitor Roque destacou que o resultado dá confiança para a sequência da temporada. “Agora temos um jogo muito importante na Libertadores. Temos que tentar o resultado lá para jogar com tranquilidade aqui”, disse o atacante.