Agência Brasil | 10 de agosto de 2025 - 17h20

Deputada Camila Jara fica fora de lista de denúncias, mas pode ser incluída após análise de imagens

Corregedoria da Câmara deve concluir até quarta-feira verificação de vídeos sobre confusão no plenário

POLÍTICA
Deputada Camila Jara fica fora de lista de denúncias, mas pode ser incluída após análise de imagens - (Foto: Douglas Vieira)

A deputada Camila Jara (PT-MS), inicialmente apontada como autora de uma agressão ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a retomada do controle do plenário da Câmara, não aparece entre os parlamentares cujas condutas serão analisadas pela Corregedoria da Casa. A exclusão, porém, não é definitiva: ela pode ser incluída caso a análise das imagens indique agressão.

A investigação está sob responsabilidade do corregedor Diego Coronel (PSD-BA), que vai revisar fotos e vídeos da confusão registrada na noite da última quarta-feira (6). A previsão é que o relatório seja concluído até quarta-feira (13). O parlamentar não descarta novas denúncias, dependendo do que for identificado nas gravações.

Se confirmadas irregularidades, os deputados envolvidos responderão a processo no Conselho de Ética. A tramitação, neste caso, difere de situações recentes, como as que levaram à suspensão dos mandatos de Gilvan da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), encaminhadas diretamente pela Mesa Diretora.

Durante a confusão, Camila Jara foi acusada de empurrar Nikolas Ferreira. A assessoria da deputada nega agressão e afirma que houve apenas um “empurra-empurra”, no qual ela teria afastado o deputado, que “pode ter se desequilibrado”.

Na sexta-feira (8), o PL chegou a anunciar que havia protocolado uma representação contra a parlamentar. No entanto, nota da Secretaria-Geral da Mesa informou que todas as denúncias seriam enviadas à Corregedoria para análise.

A edição extraordinária do Diário Oficial da Câmara, divulgada posteriormente, confirmou apenas representações contra deputados de oposição feitas por parlamentares da base governista, incluindo 14 nomes: 12 do PL, um do Novo e um do PP.

Até a tarde deste domingo (10), Camila Jara não havia se pronunciado publicamente sobre o caso. No sábado (9), a deputada Érika Hilton (PSOL-SP) manifestou apoio à colega, destacando que as acusações contra ela teriam “evidências frágeis” e que seu nome não consta no pedido de afastamento apresentado pela Mesa.