Redação | 09 de agosto de 2025 - 08h55

Por que ouro apreendido pela PRF, avaliado em mais de R$ 80 milhões, foi levado para Brasília?

Material passará por perícia no programa Ouro Alvo, que identifica a origem do minério e auxilia no combate ao garimpo ilegal

NACIONAL
Mais de 100 barras de ouro maciço, totalizando 103 kg, foram encontrados dentro de uma caminhonete Hilux. - Foto: PRF/Divulgação

O ouro apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Amazônia Legal nesta semana — 143 kg avaliados em mais de R$ 80 milhões — foi levado para Brasília a fim de passar por perícia técnico-científica no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF).

A análise integra o programa Ouro Alvo, que utiliza tecnologia especializada para rastrear a origem do minério, identificar áreas de extração e auxiliar investigações contra o garimpo ilegal. Segundo a PF, os primeiros indícios apontam que a carga seja fruto de mineração clandestina.

As apreensões ocorreram em duas rodovias federais, com menos de 48 horas de diferença. A primeira, na segunda-feira (4), foi registrada na BR-401, em Boa Vista (RR), quando agentes encontraram 103 kg de ouro escondidos em uma caminhonete conduzida pelo comerciante Bruno Mendes de Jesus, que viajava com a esposa e o filho de nove meses. A carga foi avaliada em R$ 62 milhões.

A segunda ocorreu na quarta-feira (6), na BR-230 (Transamazônica), em Altamira (PA), resultando na apreensão de 40 kg de ouro maciço, estimados em R$ 20 milhões. No veículo estavam o motorista, uma mulher, um adolescente e uma criança.

Nos dois casos, os condutores foram presos e indiciados por usurpação de bens da União, crime ambiental e lavagem de dinheiro. Os menores foram encaminhados para o Conselho Tutelar.

De acordo com a PF, a perícia em Brasília é fundamental para reunir provas técnicas que sustentem o processo judicial, identificar os envolvidos e mapear a rota utilizada para transporte do ouro extraído de forma ilegal.