Vladimir Putin apresentou ao governo dos Estados Unidos, nesta semana, uma proposta abrangente para um cessar-fogo na Ucrânia, exigindo grandes concessões territoriais de Kiev, incluindo a entrega do Leste do país, a região de Donbass, em troca de uma interrupção dos combates. A proposta, transmitida por Putin ao enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, em Moscou, gerou preocupação entre autoridades europeias e ucranianas, que temem que a Rússia esteja usando a oferta como uma estratégia para evitar novas sanções americanas enquanto continua a guerra.

Donald Trump, presidente dos EUA, reagiu positivamente e anunciou que se reuniria com Putin no Alasca na próxima semana, no dia 15 de agosto, para discutir o fim do conflito. Embora Trump tenha dito que a proposta de Putin não seja um grande avanço, ele afirmou que a reunião seria uma oportunidade para iniciar negociações.

O plano de Putin exigiria que a Ucrânia retirasse suas tropas das regiões de Donetsk e Luhansk, que a Rússia controla parcialmente, além de ceder a Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014. Em troca, a Rússia interromperia os combates, mas não haveria compromisso em relação ao controle de outras áreas, como as regiões de Zaporizhia e Kherson, no sul da Ucrânia. A proposta deixou dúvidas sobre o futuro dessas regiões, com autoridades ocidentais buscando esclarecimentos sobre se Putin pretendia congelar a linha de frente ou se retiraria completamente dessas áreas.

Embora a proposta de Putin tenha causado uma disputa diplomática para entender seus detalhes, ela também indica uma possível mudança na postura russa, afastando-se de demandas anteriores por controle total das regiões ao longo de toda a linha de frente.