Michelle Bolsonaro acusa Camila Jara de agressão a Nikolas Ferreira durante protesto na Câmara
Deputada sul-mato-grossense nega acusação e afirma que apenas afastou colega durante tumulto no plenário
POLÍTICAA ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou, nesta sexta-feira (8), que a deputada federal Camila Jara (PT-MS) teria “avançado violentamente sobre as partes íntimas” do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante o protesto que paralisou os trabalhos da Câmara dos Deputados por mais de 30 horas, entre terça (5) e quarta-feira (6).
Segundo Michelle, o episódio ocorreu no momento em que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), reassumia o assento na Mesa Diretora após dois dias de ocupação por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato teve como objetivo pressionar pela aprovação de propostas que podem beneficiá-lo e protestar contra sua prisão.
Versões conflitantes
A assessoria de Camila Jara negou a agressão e disse que a parlamentar apenas afastou Nikolas durante um “empurra-empurra” no plenário, o que poderia ter causado desequilíbrio.
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, Nikolas afirmou que levou “um soco nas partes baixas” e ironizou:
“Ainda bem que já fiz duas filhas, não tem nenhum risco.”
Citação a outro caso
No mesmo vídeo, Michelle também defendeu a deputada Júlia Zanatta (PL-SC), que levou o filho de quatro meses ao plenário e permaneceu na cadeira da presidência durante o protesto. O deputado Reimont (PT-RJ) afirmou ter acionado o Conselho Tutelar pela atitude.
Michelle questionou a denúncia:
“Risco? Risco de quê? Estar entre parlamentares agora é perigo? Ou será que o deputado petista deixou escapar que o verdadeiro risco estava ali, nos próprios membros da esquerda?”
A ex-primeira-dama acrescentou na legenda da publicação que o “suposto perigo no plenário era a deputada Camila Jara”.