Avião da Azul faz pouso de emergência em Brasília por suspeita de bomba a bordo
Aeronave seguia de São Luís para Campinas quando precisou alterar rota; Polícia Federal descartou presença de explosivos após varredura
GERALUm avião da companhia aérea Azul Linhas Aéreas precisou fazer um pouso de emergência na noite da quinta-feira (7), após uma suspeita de bomba a bordo da aeronave. O voo AD4816, que havia decolado de São Luís (MA) com destino ao Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), foi desviado para o Aeroporto Internacional de Brasília, onde aterrissou em segurança às 20h45.
A ameaça mobilizou a Polícia Federal, que realizou uma varredura completa no avião em busca de explosivos. Segundo nota divulgada pela PF, após os procedimentos de segurança, a presença de artefatos foi descartada. “As averiguações seguem em curso para esclarecer a origem da ameaça”, informou o órgão.
De acordo com o site especializado Flightradar, o voo estava programado para decolar às 18h, mas teve atraso de aproximadamente 30 minutos, com previsão de chegada a Campinas às 21h30. No entanto, diante da suspeita de uma ameaça à segurança, a tripulação declarou emergência e solicitou o desvio da rota, conforme detalhou a Azul em comunicado oficial.
“A Azul confirma que o voo AD4816 (São Luís-Viracopos) declarou emergência e precisou alternar para o aeroporto da capital devido a questões de segurança envolvendo ameaça de artefato a bordo”, informou a companhia. A empresa destacou ainda que o pouso ocorreu normalmente e todos os passageiros e tripulantes desembarcaram em segurança.
A Inframerica, concessionária responsável pela operação do Aeroporto de Brasília, ativou seu plano de contingência assim que foi informada do caso. Em nota, a administradora afirmou que seguiu todos os protocolos de segurança, com a atuação integrada de equipes aeroportuárias, Polícia Federal e demais órgãos competentes.
“Não houve impacto em pousos e decolagens, registros de cancelamentos ou atrasos durante o período da ocorrência”, disse a Inframerica. Ainda segundo a concessionária, a pista onde o avião permaneceu estacionado para averiguação foi liberada às 00h40. A aeronave, por sua vez, foi liberada para retornar às operações regulares às 2h20 da madrugada.
A Azul reforçou que está prestando todo o suporte necessário aos passageiros após a liberação das autoridades. “A Companhia ressalta que medidas como essas são necessárias para garantir a segurança de suas operações, valor primordial para a Azul”, declarou a empresa.
A suspeita de bomba, embora descartada, gerou preocupação entre os passageiros e acionou mecanismos de segurança previstos para esse tipo de situação. Casos como esse, mesmo quando se trata de alarme falso, exigem atuação imediata e precisa das autoridades para preservar a integridade de todos os envolvidos.
Até o momento, não há informações oficiais sobre a origem da ameaça ou se alguém será responsabilizado criminalmente pela possível falsa comunicação de crime.
A Polícia Federal informou que as investigações permanecem em andamento para apurar o caso. Ainda não se sabe se a ameaça partiu de um passageiro, tripulante, denúncia externa ou outro canal. A depender das apurações, o responsável poderá responder por crime previsto no artigo 265 do Código Penal, que trata de atentados contra a segurança de transporte aéreo, com penas que podem chegar a cinco anos de reclusão.
Enquanto isso, a atuação integrada entre os órgãos de segurança e a resposta rápida da tripulação foram elogiadas por especialistas do setor aéreo, que consideram o desvio de rota e a mobilização das autoridades medidas adequadas diante de uma ameaça que poderia representar riscos sérios.