Redação | 07 de agosto de 2025 - 15h30

MS aposta em conciliação fiscal para reduzir judicialização da dívida ativa

Procuradora Ana Carolina Ali Garcia detalha esforço da PGMS para transformar cobrança fiscal em oportunidade de regularização

DÍVIDA ATIVA
A procuradora-geral de Mato Grosso do Sul, Ana Carolina Ali Garcia, esteve nos microfones do Giro Estadual de Notícias, transmitido ao vivo em rede para todo o estado, a partir dos estúdios da Central de Jornalismo do Grupo Feitosa de Comunicação - (Foto: Lorena Sone)

A Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (PGMS) vem implementando uma mudança estratégica na forma como conduz a cobrança da dívida ativa. Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira (07) ao programa Giro Estadual de Notícias, transmitido ao vivo para todo o estado, a procuradora-geral Ana Carolina Ali Garcia detalhou a nova política, que tem como foco a conciliação, a eficiência e a conformidade fiscal.

“Hoje a gente não olha mais a dívida ativa como mero controle de legalidade para ajuizar execuções fiscais. Buscamos dialogar com o contribuinte e oferecer soluções extrajudiciais”, afirmou a procuradora. Segundo ela, a PGMS está comprometida com uma atuação menos litigiosa e mais resolutiva, em que o contribuinte tenha a oportunidade de regularizar sua situação com o fisco estadual de forma célere.

A principal novidade é a regulamentação da Lei da Transação Tributária, sancionada recentemente pelo governador Eduardo Riedel. “Estamos em fase final de regulamentação, com decreto prestes a ser publicado. Essa será mais uma ferramenta para melhorar a arrecadação e, mais do que isso, permitir que aquele empresário possa se regularizar, retomar sua atividade econômica e obter certidões”, explicou Ana Carolina.

A procuradora enfatizou que o foco é permitir que o devedor “volte ao ambiente de negócios com segurança jurídica e fôlego para operar”. A iniciativa visa não apenas facilitar a recuperação de créditos tributários, mas também reduzir custos judiciais e reforçar a sustentabilidade fiscal do Estado.

A PGMS também integra o Conselho Gestor de Parcerias, participando da modelagem jurídica de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), o que, segundo a procuradora, demonstra o papel transversal da instituição na promoção do desenvolvimento. “A Procuradoria está dentro da formulação da política pública. Buscamos garantir que a entrega ao cidadão seja eficiente, segura e com menor custo”, disse.

A nova postura integra uma agenda mais ampla de transformação institucional da PGMS. “Estamos rompendo barreiras de acesso ao serviço público. A ideia é simplificar não só a linguagem, mas os meios de acesso, para que a política pública alcance de fato o cidadão”, destacou Ana Carolina.

Além da conciliação fiscal, a PGMS tem investido em inovação, como a regulamentação do uso de inteligência artificial e o fortalecimento do Laboratório de Inovação, que atua com universidades locais no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas.

“A inovação não é acessória. Ela é o coração da Procuradoria, conectada a todas as áreas”, concluiu.