Christiane Mesquita | 07 de agosto de 2025 - 16h45

Deputada apresenta moção de protesto contra tumulto no Congresso e pede punição a parlamentares

Deputada de MS afirma que grupo político tentou impedir trabalhos legislativos para defender interesses de "uma única família" e cobra atuação do Conselho de Ética

CASA DE LEIS
Gleice também lembrou que a luta por igualdade avança lentamente, e que conquistas como a igualdade salarial entre homens e mulheres - (Foto: Divulgação)

A deputada Gleice Jane (PT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) nesta quinta-feira (7) para apresentar moção de protesto contra os parlamentares que, segundo ela, tumultuaram e paralisaram os trabalhos do Congresso Nacional na véspera.

A petista classificou a ação como “uma continuação do golpe de 8 de janeiro”, afirmando que a mobilização teve como objetivo defender uma família sem compromisso com a população, em referência indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Ontem, o Brasil parou para ver um movimento que não deixou a democracia seguir seu rito normal. Deputados e senadores obstruíram e tumultuaram. É preciso representação no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar contra quem participou desse ato”, disse.

Críticas à prioridade das pautas - Gleice Jane criticou o fato de o protesto ter ocorrido em um momento de discussões urgentes, como a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o impacto das taxações impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

“Deveríamos estar debatendo soluções para problemas que afetam diretamente empregos e renda. Em vez disso, vimos pessoas irresponsáveis colocando interesses políticos acima da população”, afirmou.

Ao final do discurso, a deputada anunciou que encaminharia a moção, com cópia, ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), solicitando que seja analisada a abertura de processo disciplinar contra os envolvidos.

“Não podemos aceitar que um grupo político se coloque acima da democracia e do povo para defender interesses particulares. Fica aqui nosso total repúdio, manifestação e protesto”, concluiu.