O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta quinta-feira (7), a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A liberação vale até as 18h de hoje e inclui ainda outros aliados políticos próximos ao ex-mandatário.

A autorização judicial também abrange a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), os deputados federais Zucco (PL-RS), Junio Amaral (PL-MG) e Marcelo Moraes (PL-RS), além do empresário Renato de Araújo Corrêa, de Angra dos Reis (RJ).

No pedido oficial enviado ao STF, Tarcísio classificou Bolsonaro como “correligionário e amigo” e argumentou que havia motivações político-institucionais e humanitárias para a visita.

Antes do encontro com o ex-presidente, o governador participou da cerimônia de promoção dos generais da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), também realizada em Brasília. Tarcísio, que é ex-ministro da Infraestrutura e militar da reserva, adotou postura discreta e não discursou durante o evento.

Estiveram presentes na solenidade nomes influentes da política e da segurança institucional, como o presidente do PSD e secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, o ministro da Defesa, José Múcio, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Amaro Santos, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e os deputados Zucco e Celso Russomanno (Republicanos-SP).

Prisão domiciliar e restrições impostas por Moraes - A decisão de colocar Bolsonaro em prisão domiciliar foi tomada por Alexandre de Moraes na última segunda-feira (4), após o ministro entender que o ex-presidente violou medidas cautelares anteriormente impostas no âmbito das investigações em curso no STF.

Na decisão inicial, Moraes proibiu que Bolsonaro recebesse qualquer tipo de visita ou utilizasse telefone celular. No entanto, na quarta-feira (6), o magistrado flexibilizou parte das restrições e permitiu a visita de familiares diretos, como filhos, noras e netos.

A nova liberação para visitas institucionais e políticas amplia o círculo de pessoas autorizadas a ter contato com o ex-presidente durante o cumprimento da prisão domiciliar, embora a medida continue sob rígido controle do Supremo.