Carlos Guilherme | 06 de agosto de 2025 - 09h10

Atividade industrial segue estável em MS, mas confiança do setor tem leve queda

Apesar de maioria das empresas manterem produção e empregos, pesquisa da Fiems aponta recuo na confiança e menor intenção de investir

SETOR INDUSTRIAL
Setor industrial mantém estabilidade em MS, mas empresários demonstram cautela com cenário econômico - (Foto: Reprodução)

A indústria de Mato Grosso do Sul manteve ritmo estável em junho, com 77% das empresas operando com produção igual ou superior ao mês anterior, de acordo com a Sondagem Industrial do Observatório da Indústria da Fiems divulgada hoje (6). Apesar do desempenho consistente, o levantamento aponta sinais de cautela por parte dos empresários, com recuos nos índices de confiança e intenção de investimentos.

O uso da capacidade instalada também teve desempenho considerado positivo: 69% dos entrevistados relataram operação dentro ou acima do padrão para o período, e a média geral da utilização da capacidade produtiva ficou em 73%.

Indústria de MS mantém estabilidade em junho, mas confiança e intenção de investir recuam levemente.

O índice de confiança do empresário industrial ficou em 50,5 pontos, uma queda de 0,6 ponto em relação ao mês anterior. Embora continue em território positivo -acima da linha dos 50 pontos - o recuo indica uma percepção menos favorável em relação ao momento atual da economia nacional.

Esse cenário de incerteza se reflete também na intenção de investimento, que caiu 0,5 ponto, fechando o mês em 57,5 pontos. Ainda assim, mais da metade dos empresários (52%) afirmaram que pretendem realizar novos investimentos, o que mostra que, apesar da retração, o interesse em aplicar recursos ainda é disseminado entre os industriais.

Quando questionados sobre as expectativas para os próximos seis meses, 53% dos industriais acreditam que a demanda pelos seus produtos deve se manter estável. Já 33% esperam aumento, demonstrando uma visão ainda moderadamente otimista do mercado.

O mesmo padrão é observado em relação à força de trabalho: 70% dos empresários disseram que pretendem manter o número atual de funcionários, enquanto 17% planejam contratar mais nos próximos meses. Isso indica que o setor não projeta retração nas contratações, apesar das incertezas econômicas.

Sobre as compras de matérias-primas, 49% dos entrevistados informaram que devem manter o volume atual nos próximos seis meses, e 30% planejam ampliar as aquisições.