Fabio Grellet | 05 de agosto de 2025 - 20h30

PRF apreende 103 quilos de ouro em operação em Roraima; carga pode ter origem no garimpo ilegal

Maior apreensão de ouro da história da PRF é avaliada em R$ 62 milhões; material seria transportado com destino à Venezuela ou Guiana

NACIONAL
Mais de 100 barras de ouro maciço, totalizando 103 kg, foram encontrados dentro de uma picape. - (Foto: PRF/Divulgação)

Na segunda-feira, 4, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez uma apreensão histórica ao encontrar 103 quilos de ouro maciço escondidos em uma caminhonete na rodovia BR-401, em Roraima. A carga, avaliada em cerca de R$ 62 milhões, é a maior já registrada pela PRF no Brasil. A suspeita é de que o ouro tenha vindo de Rondônia e estava sendo transportado com destino à Venezuela ou à Guiana, com possível origem no garimpo ilegal.

Durante uma fiscalização de rotina na altura da Ponte dos Macuxis, em Boa Vista, os policiais abordaram uma caminhonete Hilux que trafegava na região. O motorista, de 30 anos, estava acompanhado de sua esposa, de 32 anos, e seu filho de nove meses. Inicialmente, os agentes encontraram apenas uma pequena quantidade de ouro, mas ao perceberem que partes do veículo haviam sido alteradas, intensificaram a inspeção, o que resultou na descoberta de mais de 100 barras do metal precioso.

Pela cotação atual, o valor do montante apreendido pode ultrapassar R$ 60 milhões. - (Foto: PRF/Divulgação)

O ouro foi apreendido e levado para a sede da Polícia Federal (PF) em Boa Vista, que dará continuidade às investigações para determinar a origem, o destino e a propriedade do material. O motorista foi preso, mas até o momento não foram divulgados detalhes sobre a identidade do proprietário do veículo, que não estava registrado em nome do acusado.

De acordo com o agente da PRF, Rodrigo Magno, a abordagem foi realizada com base em comportamentos suspeitos. "Veículos que trafegam por essas rotas geralmente estão envolvidos em atividades ilegais. Utilizamos técnicas de patrulhamento e análise para identificar situações suspeitas, como foi o caso dessa abordagem", explicou Magno ao portal G1.