Países nórdicos e Holanda reforçam apoio militar à Ucrânia com doações de armamentos
Suécia, Noruega, Dinamarca e Holanda se comprometem a enviar US$ 1 bilhão em armas e sistemas de defesa aérea para ajudar na luta contra a Rússia
MUNDOA Otan iniciou um esforço contínuo para fornecer grandes quantidades de armamentos à Ucrânia, após alguns países membros se comprometerem com milhões de dólares em apoio militar. Suécia, Dinamarca e Noruega anunciaram que comprarão armamentos dos Estados Unidos, com o objetivo de enviá-los para a Ucrânia como parte de uma nova iniciativa da aliança, confirmada nesta terça-feira, 5, pelo governo sueco.
Os três países nórdicos irão destinar um total de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) para armamentos que incluem sistemas de defesa antiaérea, armas antitanque e munições. A doação, essencial para fortalecer a defesa ucraniana, foi detalhada pelo governo sueco. O ministro da Defesa da Suécia, Pal Jonson, destacou durante coletiva: "A Ucrânia não luta apenas pela sua própria segurança, mas pela nossa também".
Este apoio segue um projeto lançado no mês passado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em colaboração com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte. O projeto visa permitir que os aliados europeus e o Canadá adquiram armamentos americanos, incluindo os sistemas avançados Patriot, para enviar à Ucrânia.
Além das contribuições dos países nórdicos, a Holanda anunciou uma doação adicional de € 500 milhões (R$ 3,1 bilhões) no âmbito da mesma iniciativa, chamada "PURL" (Lista de Necessidades Prioritárias da Ucrânia). O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky agradeceu publicamente, afirmando que tais medidas são "a base para uma segurança duradoura para toda a Europa" e prometendo que "a Rússia nunca tornará a Europa um continente em guerra".
As entregas de armas, principalmente compradas nos Estados Unidos, deverão ser realizadas de forma regular, com a primeira remessa prevista para este mês. O pacote nórdico de armamentos, por sua vez, deve ser enviado em setembro. A Otan tem garantido que os pacotes serão preparados com rapidez, de acordo com as necessidades mais urgentes da Ucrânia no campo de batalha.
Os sistemas de defesa aérea são considerados a maior prioridade, devido aos constantes ataques russos a áreas urbanas distantes da linha de frente. De acordo com a ONU, mais de 12.000 civis ucranianos já perderam a vida devido a esses ataques.
Embora o governo de Donald Trump não esteja fornecendo armas diretamente à Ucrânia, os aliados europeus e o Canadá têm adquirido os equipamentos dos Estados Unidos, que possuem os maiores estoques de material militar. Até junho de 2023, os países europeus haviam fornecido aproximadamente US$ 72 bilhões em ajuda militar à Ucrânia, enquanto os EUA haviam contribuído com cerca de US$ 65 bilhões.
Em paralelo, a Alemanha anunciou que enviará mais dois sistemas de defesa aérea Patriot à Ucrânia, após garantir que os EUA priorizem o reabastecimento de seus próprios estoques. A Otan, que antes se concentrava em fornecer apenas assistência não letal, ampliou seu papel de apoio militar à Ucrânia desde o início da guerra. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)