Lula evita comentar tarifa dos EUA e prisão de Bolsonaro durante evento no Itamaraty
Em discurso no Conselhão, presidente prioriza boas notícias e reafirma defesa da soberania nacional, sem se aprofundar em temas polêmicos
POLÍTICAO presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não gastar tempo comentando a taxação dos Estados Unidos nem a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante a abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), realizada no Itamaraty nesta terça-feira, 5.
Lula se comprometeu a dar ênfase a boas notícias, evitando se aprofundar em temas polêmicos. "Eu vim para cá comprometido a não perder muito tempo falando da taxação. Se não, vão dizer que estou com medo do Trump, e não quero que essa imagem fique", afirmou o presidente, destacando sua preferência por focar no trabalho do Conselhão, que reúne representantes da sociedade civil para sugerir políticas públicas.
Em relação à prisão de Bolsonaro, decretada na segunda-feira, 4, pelo ministro Alexandre de Moraes, Lula preferiu minimizar o assunto, dizendo: "Eu também não quero falar sobre o que aconteceu com o cidadão brasileiro que tentou dar um golpe".
Lula reafirmou seu discurso em defesa da soberania nacional, mencionando o impacto das medidas tarifárias dos EUA. "Não é possível o mundo dar certo se a gente perder o mínimo senso de responsabilidade no respeito à soberania dos países", declarou, sem entrar em detalhes sobre a relação com o governo americano.
O presidente também destacou a importância do Conselhão, afirmando que o Brasil perdeu muito com sua ausência durante o governo de Bolsonaro. "Quando voltamos ao governo, resolvemos recriar o conselho para dar espaço para que a sociedade civil elabore projetos de lei e sugestões para o governo", afirmou, reforçando que o Conselhão representa a "verdadeira economia" do Brasil.