Neste domingo (3), as ruas de Campo Grande foram tomadas por motos, buzinas e bandeiras do Brasil. A capital sul-mato-grossense foi palco da Motociata pela Democracia e Liberdade, organizada pelo Capitão Contar (PRTB-MS), que mobilizou motociclistas tanto da cidade quanto do interior do estado. O ato faz parte do movimento nacional “Reaja, Brasil”, que promoveu manifestações em diversas cidades do país no mesmo dia.

O evento reuniu centenas de apoiadores vestidos de verde e amarelo, que percorreram as principais avenidas da cidade em um ato pacífico. Para Contar, que já realizou outras mobilizações semelhantes ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ação é um sinal de continuidade do movimento popular. “Ver tanta gente atendendo ao chamado e fortalecendo o movimento é muito significativo. Essa mobilização popular, pacífica e patriótica é fundamental neste momento decisivo para o Brasil”, afirmou o capitão, destacando a necessidade de união para “cobrar coerência e exigir que o Senado cumpra sua responsabilidade constitucional, ouvindo o clamor dos brasileiros”.

Entre as principais demandas apresentadas pelos manifestantes está a cobrança pela análise dos pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, que permanecem sem andamento no Senado. Segundo Contar, a falta de resposta do Congresso ameaça o equilíbrio entre os poderes da República. “Esses pedidos de impeachment não podem continuar engavetados. É preciso pautar e dar a oportunidade para que sejam julgados. Não podemos normalizar abusos nem aceitar esse autoritarismo crescente que ameaça o Estado de Direito. O Congresso tem a responsabilidade de agir em defesa da Constituição e frear esses abusos que já são reconhecidos até fora do Brasil”, disse.

O trajeto terminou na Praça do Rádio, onde ocorreu um buzinaço que reuniu não apenas motociclistas, mas também outros grupos de participação popular. A ação marcou a integração do ato de Campo Grande à agenda nacional do “Reaja, Brasil”, reforçando o discurso de defesa da liberdade e da democracia em todo o país.

Contar afirmou que novas manifestações devem ocorrer nos próximos meses, reforçando o caráter contínuo do movimento. “Estamos apenas começando. A sociedade brasileira está cada vez mais desperta e disposta a lutar por seus direitos”, declarou.