Maria Edite Vendas | 02 de agosto de 2025 - 07h51

Campo Grande Vôlei representa MS na Superliga C com projeto que alia alto rendimento e inclusão

Equipe feminina estreia neste domingo (3) em Sorriso (MT) e busca vaga inédita na Superliga B 2026 com elenco que une juventude e experiência

SUPERLIGA C
Plantel feminino foi apresentada nesta sexta-feira (1º), em coletiva de imprensa, junto ao time masculino, que também participa da Superliga C 2025, com sede em Campo Grande - (Foto: divulgação)

Com o objetivo de colocar o voleibol sul-mato-grossense em evidência no cenário nacional, a Associação Esportiva Campo Grande Vôlei (AECGGV) entra em quadra neste domingo (3), em Sorriso (MT), pela Superliga C Feminina - Etapa Centro-Oeste 2025. A competição, organizada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), em parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), reúne seis equipes da região, com a campeã garantindo vaga na Superliga B do próximo ano.

Representando Mato Grosso do Sul, a AECGGV disputa seus jogos na Arena Sorriso, palco de todas as partidas do torneio, entre os dias 3 e 7 de agosto. A estreia acontece neste domingo, às 21h30 (horário de MS), contra o time da casa, o Sorriso Hornets (MT).

Times participantes da Etapa Centro-Oeste:

Fundada em 2021, a AECGGV se consolidou como uma referência no voleibol feminino do estado, com atuação voltada à formação de base, inclusão social e desenvolvimento técnico. A participação recorrente na Superliga C reforça o crescimento estruturado da equipe, que já conquistou o vice-campeonato em 2023 e o quinto lugar em 2024.

Neste ano, o projeto decidiu dar um passo à frente, com a formação de um grupo que mistura atletas da casa e reforços experientes, conforme explica o técnico João Vitor Nascimento. “Nos últimos três anos viemos participando com nossas atletas da base. Neste ano, decidimos agregar experiência e trouxemos seis reforços de outras regiões, com histórico na Superliga. Essa mescla é fundamental para acelerar o amadurecimento do grupo e elevar o nível de jogo”, detalha.

A preparação teve início ainda em 2023, com a seleção e treinamento das jogadoras locais. Já as atletas contratadas chegaram há cerca de dez dias e vêm trabalhando a parte tática e o entrosamento com o grupo.

Uma das apostas da equipe é a ponteira e oposta Giulia Carla Amorim, de 23 anos, natural de Miranda (MS), que assume a faixa de capitã. Para ela, o desafio é também uma forma de dar visibilidade ao esporte local: “Representar o Mato Grosso do Sul é uma honra e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. É mostrar que aqui também tem talento e trabalho sério. Se uma menina assistir a gente jogar e pensar ‘quero estar ali um dia’, já valeu”, afirmou.

Segundo Giulia, a semana de treinos foi intensa e estratégica. “Elevamos muito o nível com a chegada dos reforços. A equipe está unida e preparada para entrar em quadra com tudo”.

Mais do que competir, o Campo Grande Vôlei tem como pilar o impacto social. A equipe é formada dentro de um projeto voluntário, e conta com o apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer).

“O nosso grande objetivo é mostrar que o esporte pode transformar vidas. Participar da Superliga C é dar visibilidade para as nossas atletas e inspirar as jovens do estado que sonham em competir em alto nível”, destacou o técnico João Vitor.

Além dos campeonatos da CBV, a AECGGV participa de eventos da Federação Estadual, realiza seletivas anuais e mantém a base como prioridade. “Já estamos colhendo frutos. Atletas da nossa formação de base hoje são titulares da equipe e isso mostra que o caminho está sendo construído com coerência e consistência”, pontua o treinador.

Calendário da equipe em Sorriso (horário de MS):

Todas as partidas são realizadas na Arena Sorriso, com entrada gratuita.

O diretor da AECGV, Samir Dalleh, reforça que o crescimento da equipe é fruto de uma construção coletiva. “Tudo o que a gente tem vivido hoje é fruto de muito trabalho em equipe. Esse projeto não é de uma ou duas pessoas, ele é de todos que acreditam no esporte como ferramenta de transformação.”

Ao lado de João Vitor, Samir destaca o papel de famílias, patrocinadores e voluntários no desenvolvimento da equipe. “É uma construção diária, feita com muita batalha, mas também com muito propósito. O olhar está no futuro, mas os pés seguem firmes no chão.”