O Ibovespa encerrou a primeira sessão de agosto com uma queda de 0,48%, aos 132.437,39 pontos, refletindo um dia de volatilidade. O índice chegou a oscilar entre uma mínima de 132.140,30 e uma máxima de 133.236,92 pontos, com o giro financeiro totalizando R$ 21,5 bilhões. Esse desempenho ocorre após o mês de julho, que resultou no pior desempenho mensal em 10 anos, com uma queda de 4,17%, igualando o recuo registrado em julho de 2015.

Na semana, o índice acumulou uma perda de 0,81%, após registrar um leve ganho de 0,11% na semana anterior, a primeira positiva desde o período de 7 a 18 de julho. Em termos anuais, o Ibovespa ainda apresenta um desempenho positivo de 10,10%.

Os destaques positivos do dia ficaram por conta das ações da Marcopolo (+5,58%), Auren (+4,55%) e Assai (+3,30%). Em contrapartida, os papéis de Banco do Brasil (-6,85%), CSN (-5,34%), Gerdau (-4,69%) e Metalúrgica Gerdau (-4,06%) lideraram as perdas. A queda no setor metalúrgico foi influenciada pelo prejuízo de R$ 130,4 milhões registrado pela CSN no segundo trimestre, embora a empresa tenha mostrado melhora em relação ao ano anterior.

As ações de grandes empresas também apresentaram desempenho negativo, com exceção da Vale ON (+0,54%), maior peso no índice. Petrobras, com quedas de 1,42% (ON) e 1,32% (PN), e os papéis do Banco do Brasil ON, que registraram perdas de quase 7%, puxaram a queda no índice.

Além dos dados econômicos internos, o noticiário internacional também impactou os mercados. A queda nas bolsas de Nova York, impulsionada pelo payroll (relatório de empregos) dos EUA, exerceu uma pressão negativa sobre o Ibovespa. O relatório de julho mostrou uma desaceleração mais acentuada na criação de vagas de emprego nos EUA, o que reforçou as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Na tarde de sexta-feira, os principais índices em Nova York fecharam no vermelho: Dow Jones (-1,23%), S&P 500 (-1,60%) e Nasdaq (-2,24%).

Por outro lado, a situação política nos Estados Unidos também influenciou os mercados. O presidente Donald Trump anunciou a demissão imediata da comissária de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, após a divulgação do payroll, acusando-a de manipulação dos dados para favorecer a candidatura de Kamala Harris nas eleições passadas. Essa movimentação gerou ainda mais incertezas nos mercados financeiros.