O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, foi sentenciado a 12 anos de prisão nesta sexta-feira, 1º, após ser considerado culpado por suborno e fraude processual, em um caso relacionado às atividades de grupos paramilitares no país. Além da pena de prisão, Uribe foi proibido de ocupar cargos públicos por 100 meses, conforme estipulado pela decisão judicial. A medida também determinou a prisão domiciliar imediata do ex-mandatário, embora o julgamento ainda seja passível de recurso.

A sentença gerou reações contrárias, especialmente entre aliados de Uribe. O ex-presidente Iván Duque criticou a condenação, alegando que não há provas suficientes para justificar a decisão, e anunciou que solicitará observação internacional sobre o caso por meio de uma publicação no X (antigo Twitter).

O presidente colombiano, Gustavo Petro, também se pronunciou sobre o assunto, pedindo aos Estados Unidos que não se intrometessem na justiça colombiana após declarações de autoridades norte-americanas sobre o caso. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, defendeu Uribe, afirmando que o ex-presidente "somente cometeu o crime de lutar incansavelmente e defender sua pátria".

Na quinta-feira, 31, Petro se reuniu com John McNamara, encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, em uma reunião descrita como uma "agradável e longa conversa".