Canetas de liraglutida para tratamento de obesidade e diabetes chegam às farmácias
Com preços mais acessíveis, os novos medicamentos fabricados pela EMS começam a ser vendidos nas regiões Sul e Sudeste, com distribuição gradual para todo o país
SAÚDEA partir desta segunda-feira (4), pacientes no Brasil poderão adquirir as primeiras canetas para tratamento de obesidade e diabetes produzidas 100% no país. A farmacêutica EMS anunciou que iniciará a comercialização de dois novos medicamentos à base de liraglutida, substância que ajuda no controle da glicose e aumenta a saciedade. O lançamento faz parte da estratégia de reduzir o tempo de espera no tratamento e ampliar o acesso a esses medicamentos.
Até o momento, a liraglutida era comercializada no Brasil por meio de medicamentos importados, como Saxenda e Victoza, da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk. A produção nacional se tornou possível após a queda das patentes desses medicamentos no ano passado.
Os novos produtos, Olire e Lirux, terão como foco o controle da obesidade e o tratamento de diabetes tipo 2, respectivamente. O Olire tem dosagem diária de 3 mg e é indicado para obesidade, enquanto o Lirux é destinado a diabetes tipo 2 e possui dosagem de 1,8 mg por dia. Ao contrário de outros análogos do GLP-1, como a semaglutida, a liraglutida é de uso diário e não semanal.
A EMS espera que seus produtos sejam vendidos com preços 10% a 20% mais baixos do que os medicamentos de referência, embora, após descontos em farmácias, os valores dos medicamentos da Novo Nordisk estejam bem próximos dos preços dos novos lançamentos. Os preços sugeridos são R$ 307,26 (Olire com 1 caneta), R$ 507,07 (Lirux com 2 canetas) e R$ 760,61 (Olire com 3 canetas). Clientes cadastrados no programa de descontos da EMS terão acesso a preços reduzidos em 10%.
Inicialmente, os novos medicamentos estarão disponíveis nas drogarias Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco, com distribuição para as regiões Sul e Sudeste, e expansão para outras áreas nas semanas seguintes. A EMS projeta que até o final do ano 250 mil unidades estarão disponíveis no varejo.
A empresa também investiu mais de R$ 1 bilhão na criação da primeira fábrica de peptídeos do Brasil, localizada em Hortolândia, SP, com capacidade para produzir 20 milhões de canetas anualmente, podendo dobrar essa produção. Em 2026, a EMS também planeja lançar a semaglutida, outro medicamento para o tratamento de obesidade e diabetes, após a queda da patente no Brasil.