Fernando Haddad se disponibiliza para parcerias com governadores para enfrentar tarifaço do Trump
Ministro da Fazenda diz estar aberto a colaborar com governadores, com foco em apoio a indústrias e agricultura brasileiras
TARIFAÇOO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou nesta sexta-feira (1º) sua disposição para firmar parcerias com governadores de estados brasileiros a fim de mitigar os impactos da tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos às exportações brasileiras. Haddad anunciou que o primeiro governador a ser recebido será Elmano de Freitas (PT), do Ceará, que busca apoio do governo federal para a compra de produtos alimentícios destinados à merenda escolar no estado.
Em entrevista, Haddad detalhou que o governador cearense apresentará uma proposta de alteração legislativa, que, segundo ele, seria necessária para viabilizar uma ação mais rápida e eficaz no apoio à compra de alimentos. O ministro ressaltou a importância dessas parcerias, afirmando que qualquer governador interessado em medidas para proteger a sua indústria ou agricultura terá o apoio do governo federal. "Essas parcerias são muito importantes. O governador que quiser vir a Brasília para parcerias, no sentido de socorrer a sua indústria, a sua agricultura, nós estamos aqui", declarou Haddad.
A preocupação de Haddad com o setor produtivo ficou evidente, pois, para ele, o foco deve ser exclusivamente no interesse nacional, sem viés ideológico ou político. "O foco é no empresário, no trabalhador, foco no interesse nacional. Nós estamos completamente disponíveis", afirmou.
Durante a coletiva, o ministro também abordou a possibilidade de um novo pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em rede nacional, visando rebater o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Haddad informou que já encaminhou sugestões solicitadas ao presidente, mas afirmou que a decisão sobre o conteúdo do pronunciamento caberia exclusivamente ao mandatário.
Em relação à questão da aproximação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Haddad foi claro ao afirmar que essa decisão é do presidente Lula: "É com ele."
Com a situação envolvendo o tarifaço ainda se desenrolando, a postura de Haddad reflete uma busca por soluções pragmáticas e cooperativas, sem engajamentos ideológicos. A estratégia do governo federal parece ser estreitar laços com os estados, aproveitando a proximidade das ações regionais para minimizar os efeitos das tarifas que afetam diretamente a economia e o setor produtivo do país.
O governo federal está buscando atuar de maneira coordenada, de modo a garantir que as exportações brasileiras sejam menos impactadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos e que as indústrias, especialmente as mais afetadas, possam ser rapidamente apoiadas.