Redação | 29 de julho de 2025 - 08h10

Mato Grosso do Sul entra no mapa global da mineração de Bitcoin com projeto da Tether

Parceria com Adecoagro vai usar energia limpa para alcançar até 1% da rede mundial de Bitcoin até o fim de 2025

ENERGIA RENOVÁVEL
Instalação ilustrativa de contêiner de mineração de Bitcoin alimentado por energia solar. Projeto da Tether em Mato Grosso do Sul prevê uso de energia renovável em data center local - (Foto: Ilustração)

Mato Grosso do Sul passará a integrar o mapa mundial da mineração de Bitcoin com a instalação de um data center de grande porte. O projeto utilizará energia proveniente de duas usinas renováveis localizadas em Ivinhema e Angélica, com capacidade inicial de 12 megawatts.

O acordo entre a operadora do data center e a empresa de geração de energia foi formalizado em 3 de julho, por meio de um memorando de entendimento. O governo estadual informou que dará suporte às necessidades do investimento, incluindo infraestrutura e incentivos para a operação.

O projeto é parte de uma estratégia internacional que envolve a aquisição de participação majoritária na geradora de energia, que possui capacidade instalada superior a 230 megawatts na América do Sul. A meta anunciada é converter o excedente de energia renovável em poder computacional dedicado à mineração de Bitcoin, com objetivo de atingir até 1% da capacidade de processamento da rede global até o final de 2025.

A operação utilizará um sistema próprio para gerenciar a atividade de mineração, que deverá ser disponibilizado em código aberto. Analistas destacam que a escolha do Brasil reflete o avanço da infraestrutura de energia limpa no país e pode posicionar Mato Grosso do Sul como referência internacional em mineração sustentável de ativos digitais.