Da Redação | 28 de julho de 2025 - 16h48

Juízes de MS terão curso novo para aprender a usar inteligência artificial

Amamsul e Esmagis querem ensinar juízes e pessoas do direito a usar ferramentas digitais sem perder a independência

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Professor Marcos Rafael Coelho - (Foto: Divulgação)

Em setembro de 2025, Mato Grosso do Sul vai oferecer um curso diferente para quem trabalha na Justiça. A Associação dos Magistrados do Estado (Amamsul), junto com a Escola Superior da Magistratura (Esmagis) e o Instituto Jurídico de Tecnologia e Compliance (IJTC), criou o curso Inteligência Artificial na Prática Jurídica. A ideia é ensinar juízes, advogados, defensores, promotores e estudantes de Direito a usar inteligência artificial (IA) de forma segura e responsável.

Presidente da Amamsul, juiz Mário José Esbalqueiro Júnior  - (Foto: Divulgação) 

O presidente da Amamsul, juiz Mário José Esbalqueiro Júnior, explica que não basta só aprender a mexer nos programas. “Entender os fundamentos da IA é garantir a autonomia do julgador diante de algoritmos. É manter o senso crítico frente às automatizações e reforçar a confiança da sociedade nas decisões judiciais”, diz.

Como será o curso - O curso terá 12 horas de aula e vai acontecer nos dias 3, 4, 10 e 11 de setembro, das 19h às 22h. Será possível participar de forma presencial ou online, ao vivo. Cada formato terá 50 vagas. As inscrições vão até 2 de setembro no site esmagis.com.br. O valor é de R$ 690, e os dez primeiros inscritos em cada modalidade terão 15% de desconto.

As aulas serão dadas por Marcos Rafael Coelho, especialista no uso de inteligência artificial na Justiça Eleitoral. O curso foi feito para ser fácil de entender e bem prático. Os temas incluem:

Quem fizer o curso poderá assistir às gravações até 3 de outubro.

Por que o curso é importante - Os tribunais estão usando cada vez mais sistemas automáticos para ajudar nos processos. Por isso, quem trabalha na Justiça precisa saber como essas tecnologias funcionam e quais são os riscos.

Para o juiz Esbalqueiro Júnior, entender inteligência artificial não é só acompanhar a modernização. É também uma forma de proteger a função do juiz no mundo digital. “A tecnologia deve ser uma aliada — nunca uma substituta — da independência judicial”, reforça