Médicos especialistas interessados em atuar na rede pública já podem se inscrever no programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo Ministério da Saúde para ampliar o acesso da população a atendimentos especializados no SUS. As inscrições vão até o dia 10 de agosto, por meio da plataforma da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS).

A proposta do programa é reduzir o tempo de espera por consultas e procedimentos com especialistas. Para isso, a iniciativa vai selecionar 635 profissionais para início imediato e formar um cadastro reserva com 1.143 vagas adicionais. As atividades têm duração prevista de um ano, com início em setembro de 2025.

Durante o período de atuação, os médicos devem cumprir 16 horas semanais de atendimento e outras 4 horas de formação teórico-prática, realizadas com apoio dos hospitais do Proadi-SUS e da Rede Ebserh. Como contrapartida, os participantes recebem bolsa mensal entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, conforme a vulnerabilidade do município escolhido.

Critérios e reservas de vagas
Podem participar profissionais com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) ativo ou em processo de solicitação, desde que a residência médica esteja concluída ou o título de especialista tenha sido emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB).

O edital prevê reserva de 20% das vagas para candidatos negros, indígenas ou quilombolas e 6% para pessoas com deficiência. A seleção será feita por pontuação, considerando especializações e tempo de formação comprovados.

No momento da inscrição, cada médico pode indicar até dois municípios ou unidades de saúde de preferência.

Expansão da assistência especializada
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o caráter inédito da proposta. “Pela primeira vez, o Ministério da Saúde lança um programa com o intuito de trazer médicos especialistas para a Atenção Especializada da rede pública de saúde.”

Segundo ele, o Agora Tem Especialistas dá continuidade ao sucesso do Mais Médicos, que ampliou o atendimento de clínicos gerais e médicos de família. A nova fase busca suprir a carência de especialidades, ampliando o alcance e a qualidade da assistência pública.