Entenda quem é Jeffrey Epstein, quais crimes cometeu e como caso gerou crise no governo Trump
Após decisão do Departamento de Justiça dos EUA, Trump enfrenta críticas de seus seguidores por falta de transparência sobre o caso Epstein
MUNDOO escândalo envolvendo Jeffrey Epstein, milionário acusado de liderar uma rede de exploração sexual de menores, voltou a causar turbulência na relação entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seus apoiadores. O motivo é a recente decisão do Departamento de Justiça de não divulgar mais arquivos relacionados à investigação do caso, o que gerou insatisfação entre os defensores do movimento Make America Great Again (MAGA), que esperavam maior transparência de Trump sobre o assunto.
Trump, que foi amigo de Epstein, tenta agora desviar o foco do caso e reverter a crise política que se instaurou. A seguir, entenda quem foi Epstein, os crimes que cometeu, sua relação com Trump e como o caso voltou a afetar a imagem do presidente.
Quem foi Jeffrey Epstein?
Epstein nasceu em Nova York e construiu sua fortuna no mercado financeiro, após começar sua carreira como professor em uma escola de elite. Em 1976, ingressou no banco de investimentos Bear Stearns, onde começou a se destacar. Ele fundou sua própria empresa, J. Epstein and Co., em 1982, e sua riqueza foi estimada em US$ 560 milhões (cerca de R$ 3,1 bilhões) em 2019.
Epstein ficou conhecido por suas conexões com grandes figuras públicas, incluindo o príncipe Andrew, Bill Clinton, Bill Gates e Donald Trump. Essas relações aumentaram a especulação sobre o seu círculo de amigos e possíveis envolvimentos em atividades ilegais.
Os crimes de Epstein e a morte misteriosa
Epstein foi acusado de liderar uma rede de tráfico e exploração sexual de menores, recrutando adolescentes para sexo em suas propriedades nos EUA e na sua ilha no Caribe. As investigações começaram em 2005, quando os pais de uma vítima denunciaram o abuso. Em 2008, ele foi condenado por exploração sexual, mas fechou um acordo com a justiça e cumpriu apenas 13 meses de prisão.
Em 2019, após uma nova prisão, Epstein foi encontrado morto em sua cela um mês depois. A autópsia concluiu que ele se suicidou, mas muitas teorias da conspiração surgiram, sugerindo que ele teria sido assassinado para proteger pessoas influentes envolvidas no escândalo.
A 'lista de Epstein' e as promessas de Trump
O caso gerou especulações sobre uma possível "lista de Epstein", contendo os nomes de seus clientes, incluindo figuras poderosas. Durante sua campanha, Trump havia prometido revelar esses arquivos, o que aumentou as expectativas entre seus apoiadores. Em setembro de 2024, ele afirmou que a "lista de Epstein" provavelmente seria divulgada se ele fosse reeleito.
No entanto, quando o Departamento de Justiça dos EUA anunciou que não haveria mais divulgação de documentos, muitos apoiadores de Trump ficaram frustrados. O presidente reagiu, afirmando que as investigações sobre Epstein eram um esforço de "pessoas egoístas" que tentavam prejudicar sua administração.
Crise política e resposta de Trump
O caso de Epstein virou uma verdadeira dor de cabeça para Trump. Em resposta às críticas, ele alegou que a situação era uma estratégia dos democratas para enfraquecer sua imagem. Em uma tentativa de reverter a situação, Trump pediu, na semana passada, que as transcrições do processo contra Epstein fossem divulgadas, mas essa solicitação foi negada por uma juíza federal.
A situação gerou um impasse, e muitos de seus apoiadores passaram a questionar sua falta de ação para esclarecer o caso. Trump, por sua vez, continuou a minimizar a importância das investigações, chamando-as de "besteira" e culpando os opositores políticos por manipular a situação.