O mês de agosto começa com aumento nas contas de energia elétrica devido ao acionamento da bandeira vermelha no patamar 2, anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse patamar acarretará um custo adicional de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos. A medida foi tomada em função da baixa nas chuvas em todo o país, o que reduziu a geração de energia pelas hidrelétricas, forçando o acionamento de fontes termelétricas mais caras.

Anteriormente, em junho e julho, o Brasil estava no patamar 1 da bandeira vermelha, que já apresenta acréscimo no valor da tarifa. A mudança para o patamar 2, com maior custo, ocorre devido ao cenário de afluências de água abaixo da média, o que impacta diretamente a geração hidrelétrica, responsável por boa parte da produção de energia no Brasil.

Em maio, o país já havia enfrentado o acionamento da bandeira amarela, devido à transição do período chuvoso para o seco, que reduziu o volume das chuvas. As previsões para o restante do ano indicam que o cenário de seca pode continuar afetando a geração de energia, o que exige maior vigilância sobre o consumo.

Com o acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha, a Aneel reforça a necessidade de um uso mais consciente de energia elétrica. "A economia de energia não só reduz os custos para o consumidor, mas também contribui para a sustentabilidade do setor elétrico e preservação dos recursos naturais", afirmou a agência reguladora.

Bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel em 2015, visa ajustar as tarifas de energia de acordo com os custos variáveis de geração. As bandeiras são divididas em verde, amarela e vermelha, com os seguintes acréscimos:

Bandeira verde: Sem acréscimo na tarifa.

Bandeira amarela: Acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

Bandeira vermelha:

• Patamar 1: Acréscimo de R$ 4,463 por 100 kWh consumidos.
• Patamar 2: Acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh consumidos.

Esses ajustes nas tarifas são importantes para compensar os custos mais elevados de geração quando as condições hidrológicas não favorecem a produção de energia pelas hidrelétricas, como é o caso no momento.