Brasileiro é preso com cocaína em Bali; tráfico de drogas na Indonésia pode resultar pena de morte
Indivíduo foi detido com mais de 3 quilos de cocaína em sua bagagem; leis indonésias contra tráfico de drogas são extremamente severas
NACIONALUm brasileiro foi detido no aeroporto de Bali, na Indonésia, no último dia 13 de julho, ao tentar entrar no país com mais de três quilos de cocaína. A prisão foi confirmada nesta quinta-feira, 24, pela agência antinarcóticos indonésia. As autoridades não divulgaram a identidade do suspeito, dificultando o contato com sua defesa.
Segundo informações da agência, o homem foi encontrado com a droga escondida dentro de pacotes em sua mala e mochila. Durante a inspeção da bagagem, os agentes descobriram que ele transportava pouco mais de três quilos de cocaína. O brasileiro não fez declarações durante a audiência, embora tenha admitido para a polícia que entregaria a droga a um homem em Bali.
A Indonésia possui algumas das leis antidrogas mais rígidas do mundo, com pena de morte para quem for condenado por tráfico de entorpecentes. O país tem vários condenados aguardando execução, embora a pena de morte não seja aplicada desde 2016, quando um indonésio e três nigerianos foram fuzilados.
Em 2015, os brasileiros Marco Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Muxfeldt Gularte foram executados, apesar dos apelos do governo brasileiro para evitar a aplicação da pena de morte. A pressão internacional contra a execução de traficantes tem aumentado nos últimos anos, mas a legislação indonésia continua rigorosa.
No ano passado, uma brasileira, Manuela Vitória de Araújo Farias, foi presa no mesmo aeroporto de Bali com 3 quilos de cocaína. Ela alegou que foi usada como "mula" por uma organização criminosa internacional e, após um processo judicial, recebeu uma pena de 11 anos de prisão e uma multa de cerca de R$ 300 mil. Essa sentença foi considerada mais branda em comparação com outras punições aplicadas no país.
A reportagem entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para obter mais detalhes sobre a situação do brasileiro preso, mas ainda aguarda um retorno.