Lula critica extremismo e sanções de Trump em reunião com líderes da América do Sul
Presidente brasileiro defende democracia e alerta para práticas intervencionistas disfarçadas de medidas econômicas
POLITICA INTERNACIONALDurante encontro com líderes progressistas da América do Sul e da Espanha, no Chile, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas indiretas às sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil e defendeu a união dos países democráticos contra o avanço do extremismo.
“Países que defendem a democracia não podem tolerar práticas intervencionistas disfarçadas de medidas econômicas”, afirmou Lula, em referência às tarifas anunciadas por Donald Trump e às sanções contra ministros do STF.
O presidente brasileiro discursou após reunião no Palácio de La Moneda, ao lado do premiê espanhol Pedro Sánchez e dos presidentes Gabriel Boric (Chile), Yamandú Orsi (Uruguai) e Gustavo Petro (Colômbia).
Sem citar diretamente Trump, Lula alertou que o extremismo ameaça a estabilidade democrática e criticou interesses econômicos acima do bem coletivo:
“Sem um novo modelo de desenvolvimento, a democracia continuará sob ataque de quem prioriza interesses próprios em vez do bem da sociedade.”
Lula também sugeriu que a defesa da democracia depende de vários setores, além dos governos:
“É preciso o engajamento da sociedade civil, do setor privado, da mídia, dos parlamentos e da economia como um todo.”
Ele concluiu defendendo o papel da América Latina e do Caribe como blocos de equilíbrio e diálogo:
“Temos potencial para ser uma força positiva pela paz e pelo reforço ao multilateralismo.”