Da Redação | 17 de julho de 2025 - 19h30

Presidente da Fiems preocupa-se com aumento do IOF e decisão do STF

Líder empresarial alerta sobre o efeito dos impostos para as empresas e o país

IOF
O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen - (Foto: Divulgação)

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, falou com preocupação sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que aprovou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na quarta-feira (16).

Antes, o Congresso Nacional havia derrubado esse aumento, mas o STF voltou atrás e confirmou parte do decreto do governo que subiu o imposto.

Longen disse que, mesmo esperando essa decisão, ficou preocupado porque o STF desconsiderou a decisão forte do Congresso. “O que me preocupa é que o Congresso derrubou o decreto, mas o STF voltou a validar. Isso enfraquece o Congresso, e isso me chamou a atenção. É preocupante o Supremo julgar decisões do Congresso”, explicou.

O presidente da Fiems também destacou que o aumento de imposto prejudica as empresas e faz o preço dos produtos subir para o consumidor. “Hoje já é difícil aceitar mais esse imposto do governo. Outros impostos também estão sendo discutidos para aumentar e afetar as empresas. Isso impacta o consumo e toda a cadeia de produção. É uma preocupação grande para nós”, disse.

Ele ainda criticou o governo por transferir o custo de suas despesas para as empresas. “Discutimos por muito tempo a reforma dos impostos, pensando que os governos não deveriam aumentar os impostos para pagar suas contas. Mas, na prática, isso está acontecendo. Os governos estão passando o custo para o setor produtivo”, falou.

Por fim, Longen alertou que os impostos altos podem fazer empresários levarem seus negócios para outros países. “Tenho negócios no Paraguai e recebo muitas consultas de empresas que veem lá uma oportunidade por causa dos impostos menores. Esses produtos serão feitos lá e vendidos aqui no Brasil. A política do governo está fazendo com que os empresários produzam fora”, concluiu.