A ministra Simone Tebet, do MDB, está considerando disputar uma vaga no Senado por São Paulo nas eleições de 2026. A possibilidade ganhou força depois que lideranças do PT paulista, incluindo ministros do governo como Fernando Haddad e Márcio França, a convidaram para se juntar à chapa eleitoral no maior colégio eleitoral do país.

Apesar de ser natural de Mato Grosso do Sul, Tebet tem laços fortes com São Paulo, onde duas de suas filhas moram e onde possui imóvel no litoral. Essa ligação pessoal facilitaria sua adaptação para uma campanha no estado.

A movimentação do PT visa ampliar sua base no Senado com votos de centro, e Tebet, que recebeu 1,6 milhão de votos em São Paulo na eleição presidencial de 2022, é vista como uma figura importante para essa estratégia.

Por outro lado, a proposta enfrenta resistência dentro do MDB em Mato Grosso do Sul. Lideranças locais, como o ex-governador André Puccinelli e deputados da base, rejeitam aliança com o PT e pedem que Tebet mude de partido caso queira apoiar Lula. Eles afirmam que a ministra não consultou o diretório do partido antes de se aproximar do PT.

Simone Tebet, porém, evita confirmar os planos eleitorais e afirma que falará sobre eleições apenas um ano antes do pleito. Ela e o marido garantem que permanecem no MDB por enquanto, aguardando a definição das federações partidárias.

Pela lei, Tebet pode disputar em São Paulo se transferir seu título de eleitor seis meses antes da eleição, o que não seria problema devido a seus vínculos pessoais e profissionais com o estado.

São Paulo representa 22% do eleitorado brasileiro e costuma influenciar os resultados nacionais. Garantir uma vaga ao Senado no estado em 2026 é visto como um passo importante para o projeto político do PT rumo a 2030.