Thais Porsch* | 16 de julho de 2025 - 17h30

Dólar recua ante pares com Powell e tarifas no radar

Por volta das 16h50 (de Brasília), a divisa americana caía a 147,87 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1636 e a libra avançava a US$ 1,3418

MOEDAS GLOBAIS
Dólar recua ante pares com Powell e tarifas no radar - (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar recuava ante principais pares nesta quarta-feira, 16, embora tenha arrefecido a queda após o presidente dos EUA, Donald Trump, negar relatos sobre possível demissão do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Investidores também acompanharam as ameaças tarifárias do republicano, que prometeu divulgar em breve uma lista de tarifas acima de 10% para países menores.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em baixa de 0,22%, a 98,392 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), a divisa americana caía a 147,87 ienes, enquanto o euro subia a US$ 1,1636 e a libra avançava a US$ 1,3418.

Trump afirmou hoje que "não estamos planejando nada" em relação à possível demissão de Powell da presidência do Fed, como relatado mais cedo pela imprensa americana - em reportagens que o presidente chamou de "não verdadeiras". No entanto, o republicano voltou a criticar duramente o chefe do banco central e indicou que a mudança no comando da instituição "acontecerá nos próximos oito meses".

O desejo de Trump por taxas de juros mais baixas, que são contrárias à sua afirmação de que a economia está avançando no ritmo mais rápido, acrescentaria mais complexidade à negociação mais ampla do dólar, segundo especialistas.

Uma remoção ou renúncia de Powell desencadearia uma nova rodada de grave volatilidade descendente, e os danos viriam para ficar, diz o ING. "O valor do dólar como moeda de reserva reside fundamentalmente na independência do Fed, o que significa que grandes fluxos de saída da divisa americana provavelmente seriam justificados", acrescenta o banco holandês.

O Morgan Stanley chama a atenção para o fato de que o euro subiu mais de 12% até agora neste ano e que a próxima fase de ganhos "pode ser tão grande quanto, se não for maior".

*Com informações da Dow Jones Newswires